terça-feira, 17 de janeiro de 2012

VerDE NOVO: Guerra do Fogo...

Por ter sido pisado por muitos pés... é que me tornei um bom vinho!
Carlos Kurare


Nossa!!!


Maria Cereja, você me chamou a atenção para algo que não tinha me ocorrido!
O Mappin era uma antiga loja de departamentos que existia em Sampa. Em uma época que aqui também existia a garoa. Coisas que ficam grudadas à memória como bala de caramelo fica nos dentes. Sabe... sempre fica um resto de resto...no resto das reminiscências.

O Blog não tem fronteira, eu ainda vivo e penso na minha aldeia.
Aldeia lembra Pessoa, e eu, em pessoa, vou postar algo do Pessoa.
Aproveitar este sublime momento, no qual minha mente vagueia
Arrancar estas vestes paulistas já que sua voz ao vento ressoa.

- Carlos você está na “Guerra do Fogo”, culturas se misturam, da fusão do homem de neandertal e do homo sapiens surge uma nova tribo. A do Homo Sapiens Sapiens!

Minha tribo não tem espaço físico, ainda não tinha caído essa ficha
Preciso atentar para esse detalhe ou irei acabar saindo da “bicha”*
Afinal, se “ouço” músicas de outras aldeias, e as canto como da minha.
Por que outros não me ouviriam... e não tomariam o vinho da minha vinha?

Por ter sido pisado por muitos pés... é que me tornei um bom vinho!
Carlos Kurare
Paris - 1/4/2010 10h14min


Atualizei a minha frase para:  

Foi por ter sido pisado por muitos pés
que me tornei um bom vinho!
Carlos Kurare



*Bicha, para quem não sabe, é fila em português de Portugal.



Fernando Pessoa em pessoa

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.


E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

                   Alberto Caeiro
 

Recomendo este filme para o final de semana: A guerra do Fogo  veja aqui: A guerra do fogo
Recomendo este livro para o final da vida( mas pode ler antes se o quiser): O Macaco Nu (no original, The Naked Ape) é o título de um livro de Desmond Morris publicado em 1967 que descreve a espécie humana através de uma perspectiva etologista, ou seja, como a que é geralmente adotada à descrição do comportamento das outras espécies animais.


Faltou a música eu a tenho mas não a encontrei no youtube vou postar outro dia. Me cobrem!




Ikuko Kawai Violín Rojo-Concierto de Aranjuez- en violin


Pronto música postada em 14/12/2011. Promessa é dívida!

Um comentário:

Unknown disse...

COmo sempre...MAGNÍFICO!

Parabéns Kurare!

Adoro seu espaço!

Beijos

Mirze

Um olhar olhar mais atento...

Quer me conhecer, faça-o com a devida calma. Para saber quem sou de fato Observe de mim cada ato,  pois as minhas atitudes, são ...