Cantiga de Inverno
Canta-me
com tua
cantiga
no inverno
serei
tua formiga
Ludimar de Miranda
A Cigarra e a Fomriga é uma das fábulas atribuidas a Esopo, mendigo contador de histórias da Grécia que viveu entre 620 a 560 anos a.C. Consta que teria nascido em alguma cidade da Anatólia. Suas fábulas são conhecidas em todo o mundo. Esta fábula da Cigarra e a Formiga foi recontada por Jean de La Fontaine e acabou muito popularizada.
A fábula contada por Jean de La Fontaine:
Tendo a cigarra cantado durante o verão,apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar, com fome foi ver a formiga, sua vizinha, pedindo-lhe alguns grãos para agëntar até vir uma época mais quentinha!
-" Eu lhe pagarei", disse ela, - "antes do verão, palavra de animal, os juros e também o capital".
A formiga não gosta de emprestar, é esse um dos seus defeitos. - "O que você fazia no calor de autrora?"perguntou-lhe com certa aspereza.
"Noite e dia, eu cantava no meu posto, sem querer dar-lhe desgosto".
- "Você cantava? Que beleza! Pois, então,dance agora!
AGORA UMA TRADUÇÃO DE BOCAGE em versos
Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga.
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riquesa e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
- "Amiga, diz a cigarra,
-"Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: - "Eu cantavaNoite e dia, a toda a hora".
-"Oh! bravo", torna a formiga.
-"Cantavas?`Pois dança agora!".
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