O Hubble só vê estrelas! Porque alto vive!
Há os dias que não vejo lama nos meus pés...
Há os dias que vejo, por que olho, lama em meus pés...
Há os dias que olho para a lama nos pés dos meus semelhantes...
Há os dias que olho para a lama nos pés dos meus semelhantes e a reconheço...
Há dias que, com tristeza idiossincrática, percebo que não é só lama que tenho nos pés... tenho lodo também.
Carlos Kurare
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço
Fernando Pessoa
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
Hubble... Feliz vinte anos, de vida útil e... útil vida!
O Hubble é um adolescente que deu problemas, mas que cresceu com a verve dos jovens e amadureceu. Deu-nos tantas imagens belas do universo!
Com seus olhos de lince perscruta os céus, para que um dia lancemos nossas naus por ventos solares para irmos a lugares em que nenhum homem jamais foi.
Carlos Kurare Telescópio Hubble
completa 20 anos
de revolução da
astronomia
Copyright © 2010 AFP
"WASHINGTON, EUA — O Hubble, primeiro telescópio espacial, que revolucionou a astronomia e a compreensão do Universo ao transmitir mais de 750.000 imagens espetaculares dos confins do Universo, completa neste fim de semana 20 anos de seu lançamento.
O telescópio foi lançado em 24 de abril de 1990 acoplado ao ônibus espacial americano Discovery, que o colocou em órbita a 600 km de altitude.
Mas o aparelho, fruto de uma colaboração entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia, só começou a funcionar três anos mais tarde.
A lente teve que ser substituída por uma falha de concavidade. A delicada operação foi realizada em 1993 pela tripulação de um ônibus espacial.
A partir deste momento o Hubble começou a transmitir imagens assombrosas de estrelas supernova, gigantescas explosões que marcam a morte de uma estrela e o nascimento de um buraco negro, fenômeno de cuja existência os astrônomos tinham apenas suspeitas até então.
O telescópio de 12 toneladas e 13,3 metros de comprimentou fez 900.000 instantâneas, que permitiram obter 570.000 imagens de mais de 30.000 objetos celestes, alguns deles nos confins do universo.
O Hubble também permitiu confirmar a existência de matéria escura que parece contra-atacar a força da gravidade e constituiria a maior parte do universo.
Os astrônomos suspeitavam da existência desta matéria escura ("dark energy") desde a década de 1930 após as observações de galáxias.
Como uma máquina do tempo capaz de remontar milhões de anos, o Hubble detectou pequenas proto-galáxias que emitiam raios luminosos quando o universo tinha menos de um bilhão de anos.
Graças a estas observações, muito mais nítidas que as obtidas pelos mais poderosos telescópios terrestres, os cosmólogos puderam confirmar que o universo estava em rápida expansão e calcular de forma precisa sua idade, estimada em 13,7 bilhões de anos.
A aceleração é produzida por uma força misteriosa chamada energia do vazio, que constitui quase 75% do universo e equilibra a força da gravidade.
O restante do cosmos é formado por quase de 5% de matéria visível e 20% de matéria esscura.
"Sem dúvida nenhuma, o Hubble é o instrumento científico mais reconhecido e que deu o maior número de êxitos científicos da historia da humanidade", afirma Ed Weiller, alto funcionário da Nasa.
Desde a última missão de manutenção executada pelo ônibus espacial Atlantis em maio de 2009, o telescópio tem dois novos instrumentos capazes de obter instantâneas do passado remoto, até 600 a 500 milhões de anos depois do "Big bang", o momento do nascimento do universo.
Na vizinhança do planeta Terra, o Hubble observou mudanças radicais na direção dos ventos em Saturno e mostrou que Neptuno tem estações climáticas.
Esta variedade de descobertas transformou o telescópio em "ícone na psique dos americanos e do resto do mundo", destaca Weiller.
A missão do Atlantis permitiu prolongar em pelo menos cinco anos a vida útil do Hubble, à espera do sucessor, o ainda mais potente telescópio espacial infravermelho "James Webb Space Telescope (JWST)", que tem o objetivo de jogar luz sobre o momento da origem do universo".
Copyright © 2010 AFP"
As imagens do texto acima encontrei na Web.
Belchior - Divina Comédia Humana
Escrito nas Estrelas - Tetê Espíndola
Composição: Carlos Rennó e Arnaldo Black
5 comentários:
Adorei escutar Belchior,mas a Tetê...,realmente,NÃO!Seu agudo é tão bom que até dói no ouvido.O texto sobre o Hubble e fotos ficaram ótimos,bastante informação é sempre bom. Parabéns ao dono do Blog,gostei !!! S.Bacana
Realmente a S.Bacaninha acima tem razão, a informação sobre o Hubble é muito interessante(em pensar que 20 anos passou tão depressa) daqui um tempo será um instrumento já ultrapassado, as fotos são incriveis imagino o tempo que vc leva pesquisando-as. Bem discordo com nossa amiguinha sobre a Tetê eu adoro essa música. Quanto ao Belchior, depois do misterio do seu desaparecimento....é bom ouvi-lo.
bjs
Alicce
Grande Hubble!!!
A astronomia agradece seus 20 anos de colaboração.
O texto, como sempre bem elaborado, informativo, e as imagens bem escolhidas.
A parte musical também gostei, muito bom ouvir os "desaparecidos" Belchior e Tetê.
Parabéns ao Hubble e ao Carlos.
Bjs
Neca
Desaparecidos meeeesmo!!!
Neca... eu me pergunto, como um compositor da qualidade do Belchior some nestas pradarias verdes e bisontescas?
Deviam criar o bolsa música boa de qualidade que nos faz pensar!
Me desculpe...mas eu vou chorar...
Um beijo hermético!
Autismo é um grande enigma e simpatizo com o autor do texto...talvez ,apenas talvez,tenhamos a mania de rotular o diferente,o incomum,o desconhecido como algo patológico.Abriu meus olhos,parabéns!
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