Imagine por um instante, um majestoso cavaleiro como El Cid. Portentoso com sua espada afiada no corpo de muitos inimigos. O corpo suado, consequência de longas jornadas por terras distantes. Montado num garboso cavalo branco. Sua pele é um livro, escrito com tinta de sangue em páginas de cortes e cicatrizes. Livro este que conta as dores causadas por sangrentas batalhas e terríveis privações! Batalhas estas que revelam a crueza e o heroísmo de sua alma! Conseguiu imaginar? Então... eu sou Babieca... o cavalo! Carlos Kurare
Um épico: El Cid - 1961
Sinopse e detalhes
"A trajetória de Rodrigo Diaz de Bivar, mais conhecido como El Cid (Charlton Heston), herói espanhol do século XI que uniu os católicos e os mouros do seu país para lutar contra um inimigo comum: o emir Ben Yussuf (Herbert Lom). Esta longa jornada começou quando Rodrigo, um súdito do rei Ferdinand de Castella, Leão e Astúrias (Ralph Truman), liberta cinco emires que eram prisioneiros dele e por causa deste ato é acusado de traição. Don Ordóñez (Raf Vallone) o acusa inicialmente, mas na corte é o Conde Gormaz de Oviedo (Andrew Cruickshank) quem acusa duramente Rodrigo e humilha Don Diego (Michael Hordern), o pai de Rodrigo. Estes acontecimentos acabam provocando um duelo de Rodrigo com o Conde Gormaz, o campeão do rei. Rodrigo o mata, mas acontece que Gormaz também era pai de Jimena (Sophia Loren), a mulher que Rodrigo amava e com quem ele pensava em se casar. Mas, em virtude do acontecido, ela passa então a odiar (ou pensa, que odeia) Rodrigo, seu antigo amor. Aproveitando este momento conturbado Ramiro, rei de Aragão, exige a posse da cidade de Calahorra e sugere que ela seja disputada entre os paladinos de cada reino em uma luta até a morte. Então Rodrigo se apresenta para duelar pelo seu rei, pois ele tinha matado Gormaz, o antigo paladino, e se Rodrigo vencesse o combate contra Don Martin (Christopher Rhodes), que já tinha matado vinte e sete homens em combates corporais, seria perdoado pelo rei."
Nos Açores quem se diverte é o touro! Veja esta intrépida gente lusitana, nesta insana demonstração de bravura, ao enfrentar touros usando o próprio corpo como escudo! Vejo que há um mercado crescente para veterinários, ortopedistas, neurologistas e psiquiatras nesse terra de marradas. Kurare
AcoresTube Marradas com Efeitos Parte 1 Original
AcoresTube Marradas com Efeitos Parte 2
AcoresTube Marradas com Efeitos Parte 3
Marrada 1 Ato de marrar. 2 Pancada com a cabeça, de animal cornígero. 3 Qualquer pancada. Dicionário Michaelis Farra do boi no Brasil: Por Thais Pacievitch "A Farra do Boi é uma festa de origem cultural. É muito popular no estado de Santa Catarina, e segundo historiadores, foi trazida ao Brasil há cerca de 200 anos, por descendentes de açorianos.
Desde 1997, a Farra do Boi foi proibida em todo o estado de Santa Catarina, após inúmeras denúncias e uma grande campanha de conscientização por partes dos ecologistas e da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, na sigla em inglês). O argumento dos participantes da festa foi o de que a Farra acontecia
Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe parecem verdadeiras e desfaça os nós que lhe prendem aqueles que foram significativas na sua vida,mas infelizmente,
por vontade própria - ou do destino, deixaram de ser...
A provável lenda do nó górdio remonta ao século VIII a.C.
Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este impossível de desatar e que por isso ficou famoso.
Górdio reinou por muito tempo e quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, porém, ao falecer não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor.
Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar esse feito, até que em 334 a.C Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão, foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.
É daí também que deriva a expressão "cortar o nó górdio", que significa resolver um problema complexo de maneira simples e eficaz.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
AMELINHA - Mulher nova, bonita e... - ABOUT TO THE WOMEN TOP OF
Poema do repentista OTACILIO BATISTA" numa composição com ZÉ RAMALHO.
Eu digo há décadas: este mundo, um dia será feminino! E eu que sou menino, não tenho medo disso não, até torço para isso. Mulheres são criaturas que foram criadas para equilibrar um mundo de caos.
O peso da maternidade foi dado a mulher, pois os homens, em sua maioria, não suportariam carregá-lo por tanto tempo.
Carlos Kurare
Sampa - 28/11/2011 01:16
Terra Friaé inspirado na história de Lois Jensen, operária de uma mina de carvão que processou a empresa em que trabalhava por causa do assédio e maus-tratos dos homens que lá trabalhavam. O resultado foi a primeira grande vitória de uma ação coletiva por assédio sexual nos Estados Unidos - um momento histórico para os Direitos da Mulher."
Separando o carvão, serrando madeira, empurrando vagões, as mulheres contribuíram para a expansão da indústria carbonífera, mas foram esquecidas pela História Carlos Renato Carola
De tão exaustivo e insalubre, o trabalho nas minas ficou conhecido na Europa do século XIX como “trabalho nas trevas”. A metáfora servia como denúncia da exploração selvagem imposta a homens, mulheres e crianças, principalmente nas minas de carvão. Tal denúncia reforçava a idéia de que o ambiente de trabalho nas minas só podia ser suportado pelos homens, o que contribuiu para que muitos países da Europa e da América proibissem a presença de mulheres na atividade de mineração na primeira metade do século XX.
Mas em Santa Catarina, no sul do Brasil, a força feminina continuava a girar a poderosa máquina da indústria carbonífera em silêncio. A história tratou de apagar de suas páginas essa participação fundamental. As mulheres se tornaram invisíveis na atividade mineradora à medida que o processo de masculinização do trabalho nas minas se consolidou.
Até a década de 1970, a paisagem social da região carbonífera no sul do país era formada por um conjunto de edificações singulares: a vila operária, as minas de carvão, a ferrovia, as florestas de eucalipto e os depósitos de rejeitos. Qualquer forasteiro que desembarcasse na região nessa época e tivesse tido a oportunidade, ou a infelicidade, de conhecer uma mina de carvão, veria de longe uma massa pesada de ar poluído saindo de um conjunto de edificações formado por gigantescas vigas de madeira escuras; veria uma torre em cujo interior havia uma “gaiola” (o elevador da mina) por onde o carvão era içado dentro de vagonetes, e também por onde desciam e subiam diariamente os trabalhadores mineiros, como se fosse um “poço devorador que engolia uma ração diária de homens”, diria o escritor francês Émile Zola (1840-1902).
No interior da mina, dezenas de mineiros se ocupavam com suas pás e picaretas, procurando extrair a maior quantidade possível de carvão mineral, formando uma espécie de formigueiro humano. Na superfície, o espetáculo do trabalho era dominado por mulheres e crianças. O trabalho de escolha do carvão era realizado em um espaço coberto, numa espécie de “rancho” de estilo rural em que mulheres e crianças se posicionavam em torno de uma mesa de madeira onde era feita a seleção do minério. A função primordial das mulheres era preparar as madeiras para o escoramento das galerias subterrâneas e selecionar carvão bruto extraído pelos operários do subsolo. Portando uma “picaretinha” de mão, elas – as “escolhedeiras” – desagregavam o mineral bruto, separando o carvão de outros materiais agregados. Nesse tipo de serviço, o trabalho infantil era tão comum que as próprias companhias construíam padiolas para a seleção do carvão de tamanho menor para as crianças. As trabalhadoras também eram obrigadas a executar outros tipos de serviço, entre os quais empurrar vagonetes carregados de carvão bruto, encher carroças ou caminhões de minério e, ainda, descer até o subsolo para desempenhar algum tipo de serviço quando necessário.
A mão-de-obra feminina passou a ser usada de forma mais intensa a partir dos anos 1930. Na década seguinte, Santa Catarina tornou-se o principal produtor de carvão do país e a cidade de Criciúma passou a ostentar orgulhosamente o título de capital brasileira do carvão.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo federal requisitou para a União toda a produção de carvão nacional e instituiu como medida de emergência a venda obrigatória de todo o carvão extraído em solo pátrio. Além disso, os trabalhadores ficaram obrigados a atender à convocação das autoridades e dos proprietários das companhias carboníferas, e se eles se recusassem, poderiam ser presos por insubordinação ou “impatriotismo”. Essa conjuntura estimulou a abertura de cerca de 120 empresas de mineração, entre pequenas empreiteiras e grandes companhias carboníferas. Na segunda metade da década de 1940, o governo federal iniciou na região a construção do complexo carbonífero da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), formado por minas de carvão, lavador (usina de beneficiamento), usina termelétrica, vilas operárias e centros recreativos.
Como a maioria das companhias carboníferas não dispunha de grandes capitais e a contingência da guerra motivou o aumento da produção nacional, a seleção manual do carvão foi a opção mais rápida e barata. Almejando cumprir as metas de produtividade impostas pelo mercado, os proprietários investiram no aumento da mão-de-obra. Para a separação do carvão, contrataram mulheres e crianças por um custo salarial inferior ao dos homens, justificando essa diferença pela noção de trabalho “leve” e “simples”, condizente com a suposta fragilidade físico-mental dos contratados. Além disso, prevalecia o argumento de que essa atividade possibilitava um ganho adicional para a família mineira. Constituiu-se formalmente uma divisão sexual do trabalho no espaço das minas, cabendo aos homens extrair o carvão do subsolo e às mulheres, os trabalhos na superfície. Mas, no cotidiano, os papéis e as fronteiras eram transgredidos, sendo que as tarefas das mulheres eram comumente aceitas como algo inferior e complementar às dos homens.
Entre os dispositivos de controle disciplinar, os proprietários aplicavam multas, advertências e demissões aos que não trabalhavam “direitinho”. No caso das trabalhadoras, o desacato à fiscal da escolha ou ao capataz era motivo de advertência, suspensão ou demissão; brincadeiras ou brigas entre companheiras de trabalho – situação comum no dia-a-dia – também incorriam no risco de alguma penalidade. A “escolhedeira” que não trabalhasse dentro das normas e expectativas de produção era punida com suspensão ou demissão e ainda ganhava o adjetivo de trabalhadora “inconveniente”. O estigma podia acarretar graves conseqüências e comprometer seriamente as condições de vida da família mineira, uma vez que os proprietários das principais companhias carboníferas também eram donos das moradias operárias, do armazém, dos clubes recreativos. Além disso, também disponibilizavam recursos para a Igreja, para a construção de escolas e a manutenção de hospitais.
O caso de Ana Maria, que trabalhou como “escolhedeira” de dezembro de 1948 a fevereiro de 1952 na Mineração Geral do Brasil, no município de Urussanga, ilustra os mecanismos de controle da empresa. Sua ficha funcional revela que foi suspensa duas vezes: uma suspensão de três dias em outubro de 1949, por ter desacatado sua colega de trabalho, que provavelmente era a fiscal de escolha, e outra suspensão de três dias em março de 1950, por desobediência ao capataz da mina. Na mina Barão do Rio Branco, Maria F. foi suspensa várias vezes: dois dias em janeiro de 1951, por não obedecer às ordens do capataz ou da fiscal de escolha, e por estar “de brincadeira” no horário de serviço; três dias em outubro do mesmo ano, dois dias em agosto de 1952 e mais dois dias em dezembro de 1955 por “desobedecer às ordens da administração”.
Mesmo diante do risco que as transgressões representavam, as mulheres, assim como os homens, praticavam cotidianamente atos de indisciplina e estratégias para fugir ou burlar os dispositivos de controle das companhias mineradoras. Era comum, por exemplo, solicitarem atestado médico para justificar ausência do trabalho em função de doenças, assim como era uma prática comum faltar ao trabalho sem apresentar uma justificativa formal, ausência que muitas vezes ocorria por causa de afazeres domésticos ou obrigações conjugais. Brigas e brincadeiras durante o trabalho eram proibidas, mas no dia-a-dia da mina isso era praticamente burlado. Algumas trabalhadoras até ousaram confrontar o poder dos coronéis do carvão, acionando a justiça do trabalho com o objetivo de conquistar direitos trabalhistas.
Durante trinta anos – de 1930 a 1960 –, a indústria carbonífera catarinense não hesitou em explorar o trabalho de mulheres e crianças. Porém, na história local e na memória oficial cristalizada em monumentos, nomes de ruas e praças, as trabalhadoras não foram lembradas nem reconhecidas como sujeitos históricos e nem como personagens da expansão industrial. Nos lugares onde se constrói a memória oficial homenageiam-se, preferencialmente, as figuras históricas dos grandes empreendedores da indústria do carvão e as autoridades governamentais reconhecidas pelas elites locais como benfeitoras do progresso, transformados em símbolos que exaltam a ideologia do trabalho. No meio artístico de base popular, a atenção se concentrou na representação do trabalhador mineiro como um “soldado heróico”. O mineiro é identificado como o sujeito anônimo que trabalhava nos “subterrâneos das trevas” para sustentar sua família e representado como um herói que produzia a riqueza mineral, que resultou no progresso da região carbonífera. Prevaleceu o pressuposto ideológico de que somente os homens fizeram parte da história da mineração na região carbonífera.
Em Santa Catarina, principalmente a partir da década de 1950, ocorreu um processo inverso daquele descrito e analisado por Karl Marx (1818-1883) na Europa do século XIX, onde se observa que uma das conseqüências imediatas da mecanização da produção foi a incorporação de “trabalhadores sem força muscular ou com desenvolvimento físico incompleto”. Assim, “a primeira preocupação do capitalista ao empregar a maquinaria foi a de utilizar o trabalho das mulheres e das crianças”. No Brasil, o processo de mecanização promoveu a valorização do trabalho dos homens (masculinização das minas), e a primeira providência tomada pelos donos das mineradoras foi eliminar o trabalho manual de seleção e classificação do carvão, feito por mulheres e crianças. Dispensaram a mão-de-obra feminina justificando as demissões pelas simples expressões “extinção da escolha” ou “extinção de serviço”. Na História, o processo foi ainda mais cruel, e impôs a essas trabalhadoras o silêncio e o esquecimento.
Carlos Renato Carola é professor de História na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Criciúma-SC, e doutor em História pela USP. Autor do livro Dos subterrâneos da história: as trabalhadoras das minas de carvão de Santa Catarina (1937-1964). Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.
A postagem abaixo foi feita originalmente em 27 de abril de 2010, não revisei.
A comentarista Isabel me fez a seguinte pergunta: "Carlos, achei muito interessante vc falar sobre a História do Brasil e estou interessada no livro que indicou... Mas afinal, como era o nome das naus de Cabral?"
Como sei que algumas pessoas têm dificuldade para ler os comentários (não vou nem mencionar os que têm dificuldade de entendê-los!!!
Esta é a resposta que postei para a gentil comentarista:
- Nome das naus de Cabral?
- Sei lá!!!
- Vá perguntar ao Bispo!
- São tantos os desencontros de informações!
- Veja eu sei o nome da arca do Noé!
- Sei o nome da Argo, a embarcação dos argonautas que a utilizaram em busca do Velocino de ouro.
- Sei o nome da nave que pousou na lua (Eagle).
- Sei o nome das naus que descobriram a América do Norte.
- Agora... eu o Brasil e Portugal... Não sabemos o nome das naus que descobriram o Brasil!!!
- PORTUGAL nos deve isso!!!!
Hello!!!! É só investirem “grana”, para a pesquisa, que a informação aparecerá!
- Não acredito que após 500 anos de descobrimento ainda não descobriram o nome da nau que descobriu o Brasil???!!!
Acabo de iniciar a campanha: Quero o nome certo da nau do Cabral!
Inventemos um nome para a magnífica Nau,
até que matem a cobra e nos mostrem o pau!
Vamos lá... respondam pra mim! Brasil ou Portugal!
Qual o nome da nau de Pedro Álvares Cabral?
- O primeiro nome que sugiro é Júpiter II (sim... a nave da família Robinson de perdidos no espaço. Já que os historiadores estão “perdidaços” no assunto, talvez... até mais do que os roteiristas de Lost.
Eu não entendo como nós e os portugueses não temos essas informações claras. Não é a toa que todos sabemos o nome das embarcações que chegaram a América do Norte, e não sabemos das que chegaram ao Brasil. Começo a entender por que nosso povo não tem memória... apenas vagas lembranças...
Perdi a paciência e tenho outras coisas para fazer... Caso haja, no recinto, algum professor de história que possa me ajudar neste momento... por favor socorra-me!Naveguei na internet e encontrei um mar de sargaços, li tanta bobagem sobre o fato que cansei de pesquisar.
São Gabriel era a nau capitânia* (há divergências entre os historiadores não é ponto pacífico sobre se esse era realmente o nome da nau). Veja detalhes das embarcações dessa época aqui: Causamerita
Carlos Kurare
Nota que dá pé:
*capitânia não é o nome da nau, mas sim:
Substantivo feminino. 1. Mar. G. Em um conjunto de navios, aquele em que se acha embarcado o comandante (capitão) de uma força naval. [Cf.capitania.]
Ok... sou um incansável pesquisador: um Indiano Jonas no templo da perdição! Acabo de achar este artigo:
Um lapso histórico e suas compensações
Incerto, o nome da nau de Cabral não faz falta
"Cristóvão Colombo, qualquer colegial sabe, descobriu a América com a Santa Maria, a Pinta e a Niña. Darwin deu a volta ao mundo a bordo do Beagle. James Cook chegou à Austrália com o Endeavour e o Mayflower desembarcou peregrinos nos Estados Unidos. Agora, responda rápido: qual o nome do navio com o qual Pedro Álvares Cabral aportou no Brasil? Certo, você ignora. Diga, então, o nome de pelo menos uma das embarcações que faziam parte da esquadra cabralina. Bem, respire aliviado: não se trata de um desconhecimento indesculpável de sua parte. Com exceção dos nomes de duas naus e de uma caravela, ninguém sabe como se chamavam os navios comandados por Cabral. Clique no link abaixo para abrir o resto da postagem!
A Liberdade não se ganha... A Liberdade? Conquista-se!!!
Carlos Kurare
Este poema diz tudo! Fico feliz por lembrar-me de trechos dele e ter pessoas bondosas que compartilham essas maravilhas na WEB. Nesta hora da madrugada, longe de meus livros não teria como postar esta maravilha de poema.
Mário de Andrade
Garoa do meu São Paulo,
-Timbre triste de martírios-
Um negro vem vindo, é branco!
Só bem perto fica negro,
Passa e torna a ficar branco.
Meu São Paulo da garoa,
-Londres das neblinas finas-
Um pobre vem vindo, é rico!
Só bem perto fica pobre,
Passa e torna a ficar rico.
Garoa do meu São Paulo,
-Costureira de malditos-
Vem um rico, vem um branco,
São sempre brancos e ricos...
Garoa, sai dos meus olhos.
A primeira vez que li navio negreiro, lembro-me bem, foi no livro do Sergio Buarque de Holanda, nas aulas de história do saudoso professor Lima. Putz lembrei-me finalmente do nome dele. Xô alemão!!!
Tenho esse livro até hoje eu tinha... sei lá, uns 13 anos! Decorei esse trecho anos mais tarde, e adorava declamá-lo. O duro era achar quem quisesse ouvir...Ops! Ainda é assim até hoje. Bem vamos lá se delicie com esta maravilha.
Engraçado me veio à mente uma pergunta do tempo de garoto: Quem Castro Alves, foi o Machado de Assis! :o)
Navio negreiro Castro Alves
(Fragmento)
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
O navio negreiro - Caetano e Maria Bethânia - Poeta Castro Alves
Liberdade é uma calça azul e desbotada
Por falar em Liberdade e esse ranço de cores: Branco, preto, amarelo azul e desbotado lembrei-me agora de uma propaganda da us top vou ver se a acho para você.
- "Pera" ai!
- É... foi o que eu disse: "pera" ai!
- É verbo sim!
- Não tem no Aurélio?
- Calma um dia vai ter!
- Estou trabalhando para incorporar o vocábulo ao vernáculo pátrio, já que 93,12% da população o usa frequentemente.
Achei:
UsTop - Seu Jeito de Viver - 1976
Comprei o primeiro CD do Ladysmith Black Mambazo há uns 20 anos, comprei no antigo Eldorado da Rua Pamplona era perto de casa e gostava de comer lá. Ouço esse CD até hoje e me encanto com o canto desses bravos guerreiros africanos.
Gente é gente!
Obrigado gente, por povoar meus ouvidos e meu cérebro com música da melhor qualidade!
Rain, Rain, Beautiful Rain - Ladysmith Black Mambazo
The lion sleeps tonight - Ladysmith Black Mambazo
Quem lembrar de Pata Pata...é mais velho do que eu! :o)
( Belos cabelos pretos! É um verdadeiro padrão! Eh lá em casa!!!)
Miriam Makeba - Pata Pata
Invictus Trailer - Direção de Clint Eastwood - Matt Damon Morgan Freeman
A comentarista Isabel me fez a seguinte pergunta: "Carlos, achei muito interessante vc falar sobre a História do Brasil e estou interessada no livro que indicou... Mas afinal, como era o nome das naus de Cabral?" Como sei que algumas pessoas têm dificuldade para ler os comentários (não vou nem mencionar os que têm dificuldade de entendê-los!!! Esta é a resposta que postei para a gentil comentarista:
- Nome das naus de Cabral? - Sei lá!!! - Vá perguntar ao Bispo! - São tantos os desencontros de informações! - Veja eu sei o nome da arca do Noé! - Sei o nome da Argo, a embarcação dos argonautas que a utilizaram em busca do Velocino de ouro. - Sei o nome da nave que pousou na lua (Eagle). - Sei o nome das naus que descobriram a América do Norte. - Agora... eu o Brasil e Portugal... Não sabemos o nome das naus que descobriram o Brasil!!! - PORTUGAL nos deve isso!!!! Hello!!!! É só investirem “grana”, para a pesquisa, que a informação aparecerá! - Não acredito que após 500 anos de descobrimento ainda não descobriram o nome da nau que descobriu o Brasil???!!!
Acabo de iniciar a campanha: Quero o nome certo da nau do Cabral!
Inventemos um nome para a magnífica Nau, até que matem a cobra e nos mostrem o pau! Vamos lá... respondam pra mim! Brasil ou Portugal! Qual o nome da nau de Pedro Álvares Cabral?
- O primeiro nome que sugiro é Júpiter II (sim... a nave da família Robinson de perdidos no espaço. Já que os historiadores estão “perdidaços” no assunto, talvez... até mais do que os roteiristas de Lost.
Eu não entendo como nós e os portugueses não temos essas informações claras. Não é a toa que todos sabemos o nome das embarcações que chegaram a América do Norte, e não sabemos das que chegaram ao Brasil. Começo a entender por que nosso povo não tem memória... apenas vagas lembranças...
Perdi a paciência e tenho outras coisas para fazer... Caso haja, no recinto, algum professor de história que possa me ajudar neste momento... por favor socorra-me!Naveguei na internet e encontrei um mar de sargaços, li tanta bobagem sobre o fato que cansei de pesquisar. São Gabriel era a nau capitânia* (há divergências entre os historiadores não é ponto pacífico sobre se esse era realmente o nome da nau). Veja detalhes das embarcações dessa época aqui: Causamerita Carlos Kurare
Nota que dá pé: *capitânia não é o nome da nau, mas sim: Substantivo feminino. 1. Mar. G. Em um conjunto de navios, aquele em que se acha embarcado o comandante (capitão) de uma força naval. [Cf.capitania.]
Ok... sou um incansável pesquisador: um Indiano Jonas no templo da perdição! Acabo de achar este artigo:
Um lapso histórico e suas compensações
Incerto, o nome da nau de Cabral não faz falta
"Cristóvão Colombo, qualquer colegial sabe, descobriu a América com a Santa Maria, a Pinta e a Niña. Darwin deu a volta ao mundo a bordo do Beagle. James Cook chegou à Austrália com o Endeavour e o Mayflower desembarcou peregrinos nos Estados Unidos. Agora, responda rápido: qual o nome do navio com o qual Pedro Álvares Cabral aportou no Brasil? Certo, você ignora. Diga, então, o nome de pelo menos uma das embarcações que faziam parte da esquadra cabralina. Bem, respire aliviado: não se trata de um desconhecimento indesculpável de sua parte. Com exceção dos nomes de duas naus e de uma caravela, ninguém sabe como se chamavam os navios comandados por Cabral.
Sabe-se, sim, que aquela era a maior esquadra até então enviada para singrar o Atlântico: dez naus, duas caravelas e uma naveta de mantimentos. Embora não se conheça o nome da nau capitânia, é certo que se chamava El Rei a nau sota-capitânia, chefiada pelo vice-comandante da armada, Sancho de Tovar. A outra cujo nome sobreviveu ao tempo é a Anunciada, capitaneada por Nuno Leitão da Cunha. Pertencente a dom Álvaro de Bragança, filho do duque de Bragança, fora equipada com os recursos de Bartolomeu Marchionni e Girolamo (ou Jerônimo) Sernige - banqueiros florentinos que viviam em Lisboa e investiam no tráfico de especiarias. As cartas que eles trocaram com seus sócios e acionistas italianos preservaram o nome do navio.
Olho do dono
Leitão chefiou a Anunciada a serviço de seus amos
Da frota de Cabral, sabe-se ainda o nome da caravela capitaneada por Pero de Ataíde, a São Pedro. A outra caravela, embora chefiada pelo notável Bartolomeu Dias, teve o nome tragado pelo tempo. A armada cabralina era completada por uma naveta de mantimentos, comandada por Gaspar de Lemos. Batizada não se sabe como, coube a ela retornar a Portugal com as notícias sobre o achamento do Brasil.
Embora seja lastimável a incúria dos homens que deveriam preservar essas informações, o sumiço do nome dos navios de Cabral talvez tenha tido um lado bom: milhões de estudantes brasileiros escaparam da penosa obrigação de decorá-los... Furo duvidoso
Baseado em documento incompleto que encontrou na Torre do Tombo, Francisco Adolfo de Varnhagen, o "pai-fundador" da historiografia brasileira, identificou cinco das dez naus que compunham a frota cabralina. Seriam elas Santa Cruz, Flor de la Mar, Vitória, Espera e Espírito Santo. Como a fonte citada por Varnhagen nunca foi reencontrada, a maioria dos historiadores prefere não adotar os nomes por ele listados. A frota, assim, segue quase "anônima". Façanha improvável
Outros historiadores do século XIX afirmaram que a nau capitânia, chefiada por Cabral, era a lendária São Gabriel - utilizada, três anos antes, por Vasco da Gama na histórica viagem em que se descobriu o caminho marítimo para a Índia. Faltam documentos para comprovar a tese. E, se Cabral de fato tivesse viajado naquela embarcação, os cronistas do reino certamente teriam alardeado fato tão extraordinário. Nenhum o fez. Menos mal: um nome a menos para decorar."
Eduardo Bueno - Época epoca.globo.com/
Corsário - Zizi Possi e Elis Regina - Composição: João Bosco e Aldir Blanc