Poesia

Mais que a maciez da pele...procuro a suavidade do toque!
Carlos Kurare 
Sampa- 21/08/2010


Eu não escrevia nada há 33 anos, desde os meus 17 anos. Após a criação do Blog isso mudou. Aguarde... muita coisa virá desta velha cabeça mole...E deste jovem coração duro.


Vejo com tristeza quem, ainda, sou: um Pequeno Grande Homem tenho muito por crescer. Mas, vejo com alegria, que sou um velho cão, que pode aprender novos truques.


Pirilampos

Vaga!
Vaga-lume
Vaga!
Cá, não há
Vaga
para seu lume.
Carlos Kurare
Sampa - 28/11/2011 08:13

Gostou de um poema, uma crônica uma frase de um texto de humor?
Por favor, cite a autoria caso use um texto meu. 
Obrigado!

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Eu sinto...você!

Eu sinto falta dum corpo colado ao meu numa noite fria.
Sinto falta de uma companhia alegre a alegrar meu dia!
Sinto falta de uma flor a florir a pia do banheiro.
Sinto falta de um amor presente e companheiro.
Sinto muita falta de tudo que me apraz.
Sinto falta, da falta, que você me faz!

Carlos Kurare
Sampa, 22 de outurbro de 2014 17:45h

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Vírus de Amor

Quando uma virose vem e nos vira
do avesso, é que percebemos que
fora, não há muito a quem recorrer.

É triste não ter um aconchego,
mais triste é perceber isso,
nos piores momentos de nossa vida!

Quando a descrença nos ronda,
quando as dores nos partem e
...quando partem de nós!

Eu me sinto fora de mim!
Eu me sinto “fora de si”!
Ah! Meu coração... Eu já não me sinto!
...Só sinto que seja assim!


Por que o medo de errar de novo, nos deixa
como os pirex refratários e translúcidos, da Duralex.
Frios, obscuros... Inquebráveis!


Ah! Meu coração, mente pra mim e,
deixa-me acreditar de novo!
Inspire meu cérebro a parar com objetividades mórbidas.
Convença-o a deixar de ser Cérbero
e permitir-me novamente adoecer de amor!

Eu quero me iludir,
quero voltar a acreditar no outro.
Chega de ser um só!

Necessito urgentemente... Ser dois!

Carlos Kurare

Sampa - 01/08/2013 20:28h
 


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Fada de Jardim

Querida, menina, madame min!
Sinto que sua magia está no ar
Sinto os efeitos dela sobre mim

Vou tomar um banho de sal grosso
Esfregar arruda neste corpo chinfrim
Tentar escapar do seu imenso fosso
Ver se altero esta história sem fim

Se eu não tiver sucesso com este ato
Entrego-me aos seus encantos por mim
Já que o amor que procuro de fato
Talvez seja o seu querida fada de jardim

Que a tal felicidade que tanto procuro seja assim:
Uma farta e bela horta, com muito aroma de manjericão.
Café gostoso da Nona com leite e muita manteiga no pão.
Casa com cerca branca e muitas flores de jasmim

Doce menina... Sei que o seu feitiço ser-me-á por demais benéfico.
Percebi que seus poderes mágicos não me deixam mais assustado.
Não és feiticeira como pensei, és fada, e seu poder não é maléfico.
Peço-lhe que me lances a maldição de envelhecer... Feliz ao seu lado.

Carlos Kurare

São Paulo - 08/06/2013 18:12

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Negra Pérola

Quando te vi, eu não te notei, afinal estavas queimada de sol e enrugada de areia...
Rolavas a esmo, sob as águas praieiras, e tua carapaça não tinha minha cor de aveia.
Só percebi o quanto valias, quando ouvi vivamente o teu canto de mulher... sereia!
Tentei correr com pés de Mercúrio, mas tarde era, e mosca vi-me preso em tua teia.

E de repente... a janela de ostra abriu-se para mim...
Descortinando os reflexos de doce mulher sem fim!

E ao quebrar uma antiga e rígida regra,
Dentro de ti, o sol revelou-me quem era...
Não mais uma simplória e negra esfera.
A minha turva visão de ver-te como pedra,
Perdeu-se, ao desnudar-se em jóia bela:
Como pérola-negra, ou... Negra Pérola!

Carlos Kurare

Sampa - 4/12/2012 02:05

Bolívia

Em Olivia, vislumbrei lar!


Por uma grande querença a ela,
envolto em uma paixão singela
cortei minhas cordas, icei vela,


e quase singrei um mar!




Mas na tempestade que antevi,
tempestivamente percebi que,
entre mim e a terra que entrevi,
não há mar, não há o porquê.


E se não há mar,
por que velas içar?
Por que deveria eu partir?
se lar já não posso sentir!


Quedo-me numa pergunta voraz que no momento,
me turbilhona, dispersa e angustia o pensamento:


Há mar para amar? Há mar para atravessar?


Ou o que realmente vi, foi apenas uma miragem.
A projeção de ilha deste naúfrago de passagem.


Mergulho na espiral da resposta, já sem ar!




Ah! Mar!


Carlos Kurare

Vale - 9/1/2012 11:27h




Filho Ser!

O filho que um dia fiz
Hoje é quase um homem.
Ele corre sobre brasas
Sem palavras que o domem.

Às vezes o encontro
Num desencontro de brumas
Num sonhar acordado
Ou num jogo de runas!

Perscruto seu ir, pois...
Há angústias no ar!
Pergunto-lhe em sonhos:
Em que terras estais?

Eu o percebo meu filho e o hálito
das suas palavras me apraz
Eu também o chamo querido,
Pois ambos precisamos de paz

Sempre o chamarei querido,
Saiba que orgulho-me de ti!
... Além de amá-lo demais!

"O filho que fiz".
Hoje faz-se por si próprio!

Sampa - 26/9/2011 17:52
Carlos Kurare

Filho... O papai tem orgulho de você, pois sei que serás melhor do que sou!

E sei que vai chorar ao ler estás palavras como eu choro ao escrevê-las.
Saiba querido que eu sempre o amei, mas isso é fácil para mim, afinal sou pai e o amor já veio embutido em meu coração.
Mas a admiração, filho... o respeito que tenho por você? 
 Saiba que foi conquista sua, ao longo dos anos.
Adolescência é complicada, a idade adulta... mais ainda amigão! Rsrs
Um beijo carinhoso!

Papai




Ilusão? Ou fato?

As palavras realmente têm cheiro para mim.
Como não sentir o cheiro na palavra alecrim?

Até há aquelas que são cheirosas e belas.
Com agradável cheiro de jasmim.
E eu com fortes pinceladas de aquarelas,
Desenho no papel o meu jardim!

19/7/2011 03:18  - Vale
Carlos Kurare


Reparação

Repare na minha agrura.
Suprimi minha lágrima atroz
Para ver lacrimejar a tua

Repare na minha brandura.
Calei minha retumbante voz,
Para somente ouvir a tua.

Repare na minha loucura.
Num sopro apaguei o feroz
Sol... Para ver-te como lua.

Repare nesta verdade pura.
Eu não sou o teu algoz,
Nem tua história é tão nua!

Vale - 16/7/2011 16:10
Carlos Kurare





O perfume das flores...

Eu gosto do perfume das flores e de suas cores
Sujo meus dedos e espírito de terra para cultivá-las!
Sou assim rústico e sensível, sem falsos pudores.
Pois o que realmente importa! É ter flores e amá-las!

Carlos Kurare




Velhas cãs

Não tenho os olhos baços,
nem as pernas duras
e muito menos, frios traços,
e a mente ainda é pura.

O coração é levedura,
cresce com as batidas
do som de suas partituras.

Sampa-10/2/2010 21:09

Carlos Kurare


Espero encontrá-la à noite...ao som de uma música

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Espero encontrá-la à noite...ao som de uma música
I

Nessa noite, quero levar-lhe uma sutil prenda.
Minha encantadora mulher, com cheiro de moça.
E gentilmente tirar suas botas pretas de renda.
Roçar sua pele, com minha áspera pele de onça.

II

Espero encontrá-la à noite. Ao som desta música
cobri-la com uma orvalhada de meus suores noturnos.
tocar seu belo corpo com dedos de aptidão lúdica
Umedecê-la com palavras tépidas e toques oportunos.

E no dia seguinte...

III

Eu lhe mando miríades de flores.
Para vê-la sorrir!
Com elas abrandarei suas dores.
Farei-lhe colorir!

IV

Mando também minhas cores,
Envio-lhe o meu doce sorriso a florir.
E os meus abundantes odores,
De uma noite, acordado, sem dormir.

V

"Pois és duas rosas do mesmo ramo, damas de jardim."
Uma... sei que me ama! A outra sei... que foge de mim.
De dia uma menina perdida de jasmim perfumada
De noite uma quimera, perdidamente apaixonada

Na noite seguinte...

Sampa - 16/5/2010 08:51 -  18/5/2010 22:41

Carlos Kurare


Viva... o Vento.

O vento vem... E leva mais do que células mortas!
O vento vem e me resseca mais a pele fria
Até mais que o próprio sol quente o faria
O vento vem... E instiga as minhas meninas tortas,

que  costumam brincar nos meus olhos em estonteante alegria

O vento vem e eu grito: bem dito seja o vento!
Que me dá esta sensação de movimento!
Mesmo estando eu parado, em lamento.
E só o tendo como companhia, como alento!
Eu grito: Viva!!! Viva, o Vento!
Sampa - 9/6/2010 13:34
Carlos Kurare


Procure as outras poesias no marcador na coluna da direita no Blog. Ainda não tive tempo para colocar todas aqui. Obrigado por sua compreensão... ou não!

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Com o poema abaixo quebrei um longo jejum de poesia. 
Isabel... obrigado  pela inspiração!
Carlos Kurare




O sorriso de Isabel

Isabel não sorri... seu sorriso, sorri por ela!

O sorriso de Isabel tem vida própria
Ele flutua de forma livre, crua.
Manipula e me seduz.
O sorriso de Isabel é profícuo,
Como pirilampos sedentos de luz
Vem e corta meus olhos como navalha branda.
O sorriso de Isabel é lindo! É inebriante
Assusta-me e desarma.






Às vezes, penso que caiu do céu!
Como uma bólide, rasgando a pele da noite
Esse belo monólito que é
O sorriso de Isabel.

O meu sorriso é amarelo
Amargo como o fel,
Talvez por nunca ter cruzado
com o sorriso de Isabel!

Minhas dores são tantas,
Minhas cruzadas foram muitas
Quero o bálsamo dos olhos, quero
a ternura da alma, e dos lábios a quentura...
do sorriso de Isabel!

Poema escrito em outubro de 2009

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São 2:14h de uma madrugada insólita, ouço gotas de chuva num compasso sonolento a fustigar um velha bacia de alumínio.
Isso me fez lembra o crepitar de fogueiras antigas em terras distantes, dentro de um saco de dormir sobre relva macia e fresca. Num tempo no qual eu olhava para o céu e via miríades de estrelas salpicadas sobre o manto negro de uma noite de verão.
E numa fração de segundos, vinda do recôndito de minha mente, uma névoa de lembranças invade meu quarto, sinto um frio nostálgico e um cheiro de ausência, mesclado com aromas de distância denso ar do quarto.



Com o olhar perdido na parede branca, palavras esvaem-se por entre meus dentes e lábios, num som gutural e soturno...
"Onde andará o meu amor?"
Sampa - 18/12/2010 02:44
Carlos Kurare


Era uma noite sem luar...


Era uma noite sem luar.
Imensa escuridão!
Não sentia meu paladar.
E com sofreguidão,
No limbo ouvi Juliana cantar.


Eu com tanta preocupação...
E Juliana canta nuvens de algodão!
Tiro do ouvido a teia!
Esforço-me para ouvir seu pranto
Mas Juliana não pranteia
Lamento não ouvir antes o seu canto...


Sabe Juliana... eu não ouvia pois tinha nuvens nos ouvidos e neve sobre os olhos.


Um beijo para Juliana!
Que me tocou com o toque de um violão.
Que me encantou com o canto de sua canção.
Obrigado por derramar sobre mim sua música!
Eu guardá-la-ei em meus cântaros de emoção.


As rimas são pobres...

Rica é a canção de Juliana Paraiso...

Carlos Kurare


Para ver a postgagem completa clique aqui



Não procuro panacéia, quero mesmo é partilha! 
E apesar de lobo ser. ...Fazer parte da matilha!
  Carlos Kurare
Sampa - 3/11/2011 19:51

Alcatéia

Dentro de mim mora um lobo que faz parte da matilha
Dentro de mim mora um lobo que ama e venera suas crias
Dentro do lobo habita um homem, que quer melhores dias
Dentro do homem mora um cão... que sempre partilha

E nesta vida, de imensas pradarias, não procuro alguma panacéia
Procuro apenas, simplesmente, não fazer parte da imensa alcatéia 
Carlos Kurare
 Sampa - 3/11/2011 19:51

Um olhar olhar mais atento...

Quer me conhecer, faça-o com a devida calma. Para saber quem sou de fato Observe de mim cada ato,  pois as minhas atitudes, são ...