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terça-feira, 14 de maio de 2013

Sexo bom...

Se você anda com preservativo na bolsa, procure outro, pois quero namorar primeiro. Caso procure só amor platônico, esqueça-me! 
Sexo não é tudo, mas é 100%!
Carlos Kurare



Sobre Relacionamentos amorosos...

Devemos procurar no outro , alguém que tenha muitas afinidades conosco, que converse e tenha um papo agradável, que partilhe conhecimento, que seja divertido! Que goste de fazer amor e sexo e seja romântico e sensual... sem ser vulgar.

Já reparou que quando amamos o sorriso não nos sai dos lábios nem dos olhos?

Sobre sexo: Sexo pra mim tem que ser no ritmo do Bolero de Ravel. Inicia-se com preliminares lentas, sensuais, gradativas... sem pressa, e vai tomando corpo ao longo das carícias e dos toques sutis e tênues e aos poucos intensificamos o ritmo e tudo fica mais forte, mais tenso e denso até ficar selvagem, até virarmos bichos.

Sexo tem que culminar de forma selvagem, voraz... indômita! 
Carlos Kurare

Sampa - 14/05/2013 02:42


JORGE DONN - Bolero de Ravel

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cores femininas!



Pra mim é  impossível ver uma mulher com as seguintes características: humor refinado, inteligente, educada, culta, ética e... linda!
É impossível ver... e não querer levar pra casa!
Mulher diferenciada... é tudo de Bom!!!

Carlos Kurare
Sampa - 8/10/2012 02:07

Tanto Amar - Chico Buarque

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VERde Novo: Há valores maiores em jogo... neste jogo de valores! (Carlos Kurare)

Kurare em seu requintado escritório em mais um dia de trabalho
Eu não sei o quanto valho, mas sei o quanto devo.
 Devo: ser ético, nas relações afetivas
Carlos Kurare


         - Eu sei  que há muitas mulheres, que não procuram no homem apenas segurança financeira! Mas sim: carinho, atenção, amor, ternura, diálogo, parceria, respeito, e outros tantos valores imateriais.
         - Como você tem tanta certeza disso Kurare? 
         - Simples!  Eu sou a prova viva que uma mulher pode se interessar por um homem que não tem onde cair morto!
           ?:o)
O texto abaixo foi-me enviado por email por Drea (São Paulo-SP). 
         Carlos Kurare


Sandra Maia:



"Hoje pela manhã ouvi de uma amiga que um diamante ou um café na cama têm, para as mulheres, o mesmo peso… O carinho, a atitude, o amor em cada e em todos os momentos fazem toda a diferença.


Então, fica aqui um convite à reflexão aos homens… Nem sempre o que queremos está ligado a bens materiais, a dinheiro, a posse. Na grande maioria das vezes, só o que basta é um olhar, um tempo, uma palavra.




É, nós mulheres – diria uma boa parcela de nós – somos movidas a emoção. Somos totalmente coração. Queremos acreditar no outro, no amor, na relação – mesmo que de um jeito meio atabalhoado, ainda assim, queremos acreditar. Queremos amar e ser amadas. Queremos contar. Fazer diferença. Queremos ser a NÚMERO 1 – aquela! A escolhida, a que conta.


Então – DIA DOS NAMORADOS, 1º ANO DA RELAÇÃO, ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO, etc, etc, têm o mesmo peso para homens e mulheres? NÃO! Lembre-se: o que nos faz mover nem sempre tem lógica…





Então, precisamos ser premiadas todo o tempo para entender o amor do outro? Talvez! Adoramos ser cortejadas, reconhecidas, gostamos de ser mimadas, acalentadas. Queremos ser mais, melhor. Queremos que o outro nos faça sentir essa preferência, essa consideração.


Devemos ou não celebrar todas essas datas? Talvez sim! Talvez para algumas relações esse ainda seja o indicador de que tudo vai bem… Que um se preocupa e quer encantar o outro durante uma vida…


Você já viu uma criança que ganha um doce? É o mesmo! Queremos ser lembradas, queremos ser reconhecidas, queremos – em alguns momentos – medalha. Veja bem: em alguns momentos! Até porque viver essa loucura todo o tempo mata! Cansa! Desanima…


Esse bem querer, essa ternura, esse amor precisa durar para sempre? Não. Senão fica tudo muito pesado. Ao final, o SEMPRE SEMPRE ACABA… Então, o que importa é o conjunto de atitudes, os detalhes, o dia-a-dia – é isso que faz a relação… A relação que floresce, cresce, rejuvenesce… O tempo que vai durar? Bem, isso é conseqüência.


A principal regra disso tudo é saber que primeiro SOMOS DIFERENTES! HOMENS E MULHERES. Agimos e pensamos de forma diferente. Amamos – de formas distintas. Isso é normal e diria até complementar.


A questão é que, se percebemos isso como uma possibilidade de crescimento ,ok – está tudo bem. Se não entendemos essa questão, vamos passar a vida numa competição a dois – que não leva a lugar nenhum.


A pergunta aqui é qual a intenção?





Estamos fazendo porque nos dá prazer? Fazemos porque é bom dar prazer para o outro? Estamos preocupados no que o outro vai pensar de nós? Fazemos porque todos fazem iguais? Agimos como se espera de um ou outro? O que queremos? O que precisamos? Que intenção colocamos nas nossas atitudes? Amor? Guerra? Paz? Competição? Cooperação? Qual será a escolha?


Isso faz toda a diferença… Se estivermos com o outro para provar algo a nós ou ao mundo que podemos, problema à vista… Não precisamos provar nada para ninguém. Não precisamos de nenhum outro para ser melhor. Não precisamos sair por aí desfilando com um anel novo depois do Dia dos Namorados ou do nosso aniversário para saber que somos amadas.


De verdade não precisamos de muito para saber se o outro está ou não conosco. Se estamos ou não com o outro… A vida, a relação, as jóias, os presentes – tudo passa. O que fica, o que levamos conosco, é mesmo o que sentimos e vivemos. E isso tudo – vale fixar – não tem preço.





Não estamos à venda, o outro não está à venda. Uma relação com base no QUAL É O SEU PREÇO tem um custo altíssimo… Fica por isso aqui o convite: se quiser fazer algo para o seu bem amado faça por que te faz bem. Receba por que é bom.


No mais, viva a vida. Seja feliz. Faça o outro feliz. Escolhas, sempre escolhas."



Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.



Maria Bethânia - Teresinha (Ao Vivo) autoria de Chico Buarque



Postado originalmente em
19/05/12 00:01
O Blogger mudou a interface das postagens, Este layout tem muitas falhas. Espero que resolvam os problemas que vieram de brinde o mais  rápido possível.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sacrifício

Bom senso e canja de galinha não fazem mal a ninguém! Né não?
Morrer por uma paixão impossível é prova banal de covardia. 
Os fracos quedam-se! Os fortes... seguem em frente!
Carlos Kurare

SEGUNDO ALTAR

Fabrício Carpinejar

Não tenho nenhuma compaixão por Romeu e Julieta.

Eles não experimentaram nenhuma crise de relacionamento antes do fim.

Nenhuma discussão no trânsito. Uma briguinha para quem iria se levantar para chavear a porta. Não reclamaram dos excessos, da bagunça do quarto ou por voltar tarde e não ser delicado entre amigos. Não provaram do veneno dos costumes, do terror de se entregar demais e perder a cabeça, ou do pudor de se entregar de menos e se afastar.

Conheceram o ímpeto do amor, não o amor.

Não descobriram a medida, o equilíbrio exato de dois corpos, que demora anos de convivência para aparecer.

Para mim, Romeu e Julieta continua sendo apenas um bom charuto.

Mas estrago meu rímel natural com casais que morrem juntos na velhice. Esfolo os joelhos do rosto. Sangro os lábios.

Depois de meio século de vida em comum, um não sobrevive à morte de sua companhia. Desistem. Perdem o sentido de respirar com o enterro da esposa ou do marido. Ficam emparedados pelo passado. A cozinha não terá saída; o quarto não terá lado; a sala não terá janela; a manhã não terá a companhia do café e da leiteira fervendo.

A casa que mais adorava em minha rua José Bonifácio terminou destruída. Residência antiga de dois andares, verde como um pinheiro no alto da montanha, desfrutando inclusive de água-furtada. É agora um poço de ruínas, paredes fatiadas, escombros e uma estranha mesinha para aves descansarem da fartura dos farelos. Não duvido que seja transformada em mais um estacionamento.

Meu filho passa pelo terreno minado com o olhar arrastado, antes recebia balas e brincadeiras de seus moradores Sady e Heidi, que cuidavam com capricho do jardim, dispondo anões e bichos de pedra pelas roseiras. Os dois viveram sessenta anos de casamento. Quando Heidi faleceu neste ano, Sady não durou cinco dias. Seu espírito altivo, lépido e incansável, de quem se acordava às 6h e saracoteava pela cidade, apagou-se repentinamente. A carne cedeu, o rosto murchou, ele adoeceu de ausência. Ambos cumpriram um pacto de vida mais do que de morte. Não admitiram a distância dos sete dias da missa - era muito longe. Não admitiram o aparte de uma semana - era muito tempo. Embarcaram no invisível de ombros dados. Heidi nem entrou no paraíso, esperou na porta seu marido, como se fosse um segundo altar.

O mesmo posso falar de Stella e Dorival Caymmi. Stela deixou a cena 11 dias após a despedida de Dorival. Foram casados durante 68 anos. Dorival morreu porque Stella baixou o hospital em estado grave. Stella morreu quando soube (pela intuição que só os pares de dança têm) que Dorival guardou sua voz no estojo. Um dependia do outro.

Não aceitaram a viuvez. A viuvez era também uma infidelidade. Uma traição ao casamento. Mostraram a Deus que não é ele que manda aqui, ajuda ou atrapalha, não manda. O livre-arbítrio é da lealdade. Escolher a hora de pôr a aliança, e escolher a hora de se pôr na aliança.
Fonte: http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/2008_08_01_archive.html
Dica da Luna - Brasília - DF


Marisa Monte & Cesária Évora - É Doce Morrer no Mar - Música de Dorival Caymmi


Ouça na voz maravilhosa do Caymmi: autor e intérprete desta beleza sem igual. No vídeo criador e criatura se encontram.
Saudades meu velho!
Kurare


Dorival Caymmi - É doce morrer no mar (1959)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Devagar se vai ao longe, mas quando se chega a "festa acabou o povo sumiu a noite esfriou!"




Vá devagar, mas... sem delongas!
Carlos Kurare


Por Sandra Maia
Marcos havia conhecido “a mulher dos seus sonhos” há uma semana! Estava totalmente apaixonado e, pareceu-me mais que, empolgado, com o encontro, com a possibilidade, às coincidências... Tudo se encaixava perfeitamente e, ele – o príncipe – vivia um conto de fadas...

E, em meio a essa paixão toda, ele comentava – o quanto a relação era diferente de tudo o que viveu até então. De como a outra – a nova namorada - estava apaixonada por ele.. Como tudo era mágico... Até que... Bem, até que – a namorada – de tanto doar-se – se percebeu em uma prisão... Não podendo sustentar tamanha “generosidade”, pediu um tempo! Pediu para que fossem mais devagar, para que se acalmassem... Ele, pobre, não entendeu nada!
A namorada era quem ditava, a partir de agora, o ritmo dos encontros. A outra é quem lhe sinalizava que tudo era único, agora, do nada: UM TEMPO! Não, ele não suportou...
Algumas semanas depois, ela já recomposta, tentou retomar a relação, afirmando ter errado: Ele, a relação, tudo era exatamente do jeito que ela queria!
Ele, bom, ele já não queria mais. Havia nesse meio tempo se apaixonado pela vida, por si mesmo, pelos outros... Agora era a sua vez de DAR-SE UM TEMPO...
E, que ironia! Como é mesmo frágil uma relação. Principalmente, no início, quando os vínculos não estão ainda estabelecidos. O compromisso, não firmado. A confiança, não conquistada...
É! Começar uma relação não é realmente tarefa fácil. É para quem está com tempo, vontade e ânimo de investir em si mesmo, no outro, e no relacionamento: tudo ao mesmo tempo...
Não há outra forma, não há outra maneira de fazer “a coisa” durar, ser prazerosa, inclusiva.
Extrapolando um pouco, ouso dizer que não são só as relações que estão no início são frágeis... Os relacionamentos de longa data também demandam querer. Demandam presença. Atenção. Cuidado! Querem ser vividos, querem ser escolhidos todos os dias. Demandam amor incondicional e, o desejo que não pode ou deve ser confundido com o desejado.
Afinal, já temos em nós tudo o que precisamos para uma vida plena. Trazer o outro para esse nosso mundo pede, concessões, composições, renúncia, adequações... E, para isso tudo há que estar disponível – de corpo, coração, mente e alma... Há que desocupar-se – e abrir espaço, para que um outro possa ser incluído. E, mais, um outro com seus sonhos, suas incertezas, suas incoerências e, seu aprendizado... É preciso não se esquecer que esse outro, tem também seu caminho a percorrer.
Se pudermos compreender o quanto isso tudo é verdadeiro, o quão frágil é a relação e, o quão desafiador é mantê-la por um longo tempo, talvez então, estejamos prontos para torná-la forte. Fazer com que o encontro – se torne em um envolvimento tão profundo que seja capaz de ressaltar em cada um a sua individualidade, o self...
Boa semana!
Dica do texto da  Andréa - São Paulo - SP



Coloquei está música na voz do Daniel artista predileto da Maria. Faço aqui uma singela homenagem a ela que foi um dia minha Empregada Doméstica. Viviamos em perfeita simbiose. Ela tinha por sonho em sua juventude ser advogada. Não sei se um dia o será, mas sei que seus filhos, graças a sua têmpera forte, um dia chegarão lá. Querida Maria... curiosamente ao preparar esta postagem estou a usar o pano de prato que me deu.
Puxa fiquei emocionado aqui...
A Maria é um exemplo de como oportunidades podem mudar uma pessoa. Quando veio trabalhar conosco não sabia cozinhar direito, não sabia usar um microondas, seus filhos não sabia usar um computador, ela não sabia costurar. Hoje costura para fora, mexe em microondas, suas crianças sabem informática, sua filha faz curso de auxiliar de enfermagem, e tenho fé que um dia cursará uma universidade.

Para pessoas menos favorecidas como ela, da cor preta do carvão, não basta só força de vontade, faz-se necessário oportunidades!
Carlos Kurare




Ando Devagar - Almir Sater & Daniel

MARTINHO DA VILA Canta no Festival de Marisco na cidade de Olhão - ALGARVE

MARTINHO DA VILA " É DEVAGAR DEVAGAR DEVAGARINHO "

domingo, 27 de maio de 2012

"Afasta esta mão vil que te afaga..." Augusto dos Anjos

O pior tapa não é o da mão mais suja. Não é o que parte da mão mais rude.
O pior tapa, o que deixa marcas indeléveis em nossa pele,
é o que vem da mão que mais confiamos!
Carlos Kurare

"Mad World" - teste

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um Quantum de amor



Neutrinos de inverno...

Hoje vou escrever à pena, e pra valer a pena, leia a luz de vela, pois usarei como tinta o sumo do meu limão.

Eu quero lhe dizer algo simples, algo tênue, algo invisível, mas que existe há tanto tempo como o próprio tempo.
Algo como... um neutrino! Que de tão pequeno consegue passar por nossos corpos sem que o vejamos.
...Hoje quero ser neutrino! Quero passar por sua alma, corpo e pensamentos.
e quero sentir seu corpo ao transpassá-lo com meus abruptos movimentos.
Mas, ao contrário dos neutrinos, quero sim: deixar marcas, e sentimentos!
E como eles mudar-me-ei, não para ser mais palatável ao seu paladar.
Mas para ser um "quantum" em quanto o tempo inexoravelmente...passa!
Passa aqui "vai"? E me ensina a passar a roupa que porei nos meus momentos nus!
Você me provoca fissão e me deixa fissurado em seu universo molecular.
Vou lhe confessar algo: anseio pela fusão a quente, pois a frio ninguém provou ser possível fusionar!
Quero a reação em cadeia... quero me "cadeiar"!
Perdoe-me, se não sei complicar, até queria ser original e complexar, mas como sou simples, quero apenas lhe dizer:



Se... E=MC

Eu, ao quadrado,
 quero namorar você!

 Carlos Kurare

Sampa - 24/5/2012  3:10




Minha Namorada - Dick Farney - Composição: Vinicius de Moraes / Carlos Lyra


Emilio Santiago - Minha Namorada


Minha Namorada
Vinícius de Moraes e Carlos Lyra

Se você quer ser minha namorada
Ai que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ter
Você tem que me fazer
Um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

neutrino
[De neutro + -ino1.]
Substantivo masculino.
1. Fís. Nucl. Partícula elementar da família dos léptons, de massa nula ou muito pequena, carga elétrica nula, spin 1/2, formada em diversos processos de desintegração beta, e na desintegração dos mésons K [símb.: v]. [Há três tipos de neutrino, associados respectivamente ao elétron, ao múon e ao tau. A cada neutrino corresponde um antineutrino (q. v.). Os neutrinos sofrem, apenas, interações fracas e gravitacionais. Evidências experimentais recentes (Super-Kamiokande, Japão, 1988) parecem indicar que os neutrinos se podem transformar de um tipo em outro à medida que se deslocam; essas oscilações são previstas em teorias que supõem uma diferença de massa entre os tipos de neutrino.]





quan.tum
(ân) sm (lat) 1 Termo empregado para designar uma quantidade, uma quantia indeterminada. 2 Cada uma das partículas elementares em que, segundo Max Planck, são subdivididas muitas formas de energia consideradas tradicionalmente quantidades contínuas. Pl: quanta. 3 Comun Um pacote de dados que resulta de um sinal sendo quantizado.

sábado, 19 de maio de 2012

Há valores maiores em jogo... neste jogo de valores! (Carlos Kurare)

Kurare em seu requintado escritório em mais um dia de trabalho
EU não sei o quanto valho, mas sei o quanto devo!
 DEVO... ser ético, nas relações afetivas.
Carlos Kurare 




 - Eu sei com certeza que há muitas mulheres, que não procuram no homem apenas segurança financeira! Mas sim: carinho, atenção, amor, ternura, diálogo, parceria, respeito, e outros tantos valores imateriais.
- Como você tem tanta certeza dissoKurare? 
- Simples!  Eu sou a prova viva de uma mulher pode se interessar por um homem que não tem onde cair morto!
             ?:o)


O texto abaixo foi-me enviado por email por Drea (São Paulo-SP). Achei apropriado publicá-lo hoje. O motivo foi a postagem machista que fiz ontem. Fui obrigado a dormir no sofá e confesso que  não gostei! Afinal já passei da idade de acampar!  
          ?:o)
Carlos Kurare



Sandra Maia

Hoje pela manhã ouvi de uma amiga que um diamante ou um café na cama têm, para as mulheres, o mesmo peso… O carinho, a atitude, o amor em cada e em todos os momentos fazem toda a diferença.
Então, fica aqui um convite à reflexão aos homens… Nem sempre o que queremos está ligado a bens materiais, a dinheiro, a posse. Na grande maioria das vezes, só o que basta é um olhar, um tempo, uma palavra.
É, nós mulheres – diria uma boa parcela de nós – somos movidas a emoção. Somos totalmente coração. Queremos acreditar no outro, no amor, na relação – mesmo que de um jeito meio atabalhoado, ainda assim, queremos acreditar. Queremos amar e ser amadas. Queremos contar. Fazer diferença. Queremos ser a NÚMERO 1 – aquela! A escolhida, a que conta.
Então – DIA DOS NAMORADOS, 1º ANO DA RELAÇÃO, ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO, etc, etc, têm o mesmo peso para homens e mulheres? NÃO! Lembre-se: o que nos faz mover nem sempre tem lógica…
Então, precisamos ser premiadas todo o tempo para entender o amor do outro? Talvez! Adoramos ser cortejadas, reconhecidas, gostamos de ser mimadas, acalentadas. Queremos ser mais, melhor. Queremos que o outro nos faça sentir essa preferência, essa consideração.
Devemos ou não celebrar todas essas datas? Talvez sim! Talvez para algumas relações esse ainda seja o indicador de que tudo vai bem… Que um se preocupa e quer encantar o outro durante uma vida…
Você já viu uma criança que ganha um doce? É o mesmo! Queremos ser lembradas, queremos ser reconhecidas, queremos – em alguns momentos – medalha. Veja bem: em alguns momentos! Até porque viver essa loucura todo o tempo mata! Cansa! Desanima…
Esse bem querer, essa ternura, esse amor precisa durar para sempre? Não. Senão fica tudo muito pesado. Ao final, o SEMPRE SEMPRE ACABA… Então, o que importa é o conjunto de atitudes, os detalhes, o dia-a-dia – é isso que faz a relação… A relação que floresce, cresce, rejuvenesce… O tempo que vai durar? Bem, isso é conseqüência.
A principal regra disso tudo é saber que primeiro SOMOS DIFERENTES! HOMENS E MULHERES. Agimos e pensamos de forma diferente. Amamos – de formas distintas. Isso é normal e diria até complementar.
A questão é que, se percebemos isso como uma possibilidade de crescimento ,ok – está tudo bem. Se não entendemos essa questão, vamos passar a vida numa competição a dois – que não leva a lugar nenhum.
A pergunta aqui é qual a intenção?
Estamos fazendo porque nos dá prazer? Fazemos porque é bom dar prazer para o outro? Estamos preocupados no que o outro vai pensar de nós? Fazemos porque todos fazem iguais? Agimos como se espera de um ou outro? O que queremos? O que precisamos? Que intenção colocamos nas nossas atitudes? Amor? Guerra? Paz? Competição? Cooperação? Qual será a escolha?
Isso faz toda a diferença… Se estivermos com o outro para provar algo a nós ou ao mundo que podemos, problema à vista… Não precisamos provar nada para ninguém. Não precisamos de nenhum outro para ser melhor. Não precisamos sair por aí desfilando com um anel novo depois do Dia dos Namorados ou do nosso aniversário para saber que somos amadas.
De verdade não precisamos de muito para saber se o outro está ou não conosco. Se estamos ou não com o outro… A vida, a relação, as jóias, os presentes – tudo passa. O que fica, o que levamos conosco, é mesmo o que sentimos e vivemos. E isso tudo – vale fixar – não tem preço.
Não estamos à venda, o outro não está à venda. Uma relação com base no QUAL É O SEU PREÇO tem um custo altíssimo… Fica por isso aqui o convite: se quiser fazer algo para o seu bem amado faça por que te faz bem. Receba por que é bom.
No mais, viva a vida. Seja feliz. Faça o outro feliz. Escolhas, sempre escolhas.

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.

Maria Bethânia - Teresinha (Ao Vivo) autoria de Chico Buarque

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A verdade é redentora!

Foto do Kurare num bom dia!   ...Bom dia!



Mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo, nós, homens, só conseguimos fazer uma... por isso a fazemos bem feita!
Carlos Kurare 
(porco-chauvinista nas horas que há vagas)



"VERDADES MASCULINAS
Autoria desconhecida por mim

1.
2. Aprenda a usar a tampa do vaso. Você é uma menina crescida. Se ela está levantada, abaixe-a. Vocês precisam dela abaixada, nós precisamos dela levantada. Você não nos vê reclamando por que você deixou ela abaixada.
3. Domingo = Esportes. É a mesma relação que a lua cheia tem com as mudanças na maré. Deixe estar.
4. Comprar NÃO é um esporte. E não, nunca vamos pensar nisso dessa forma.
5. Chorar é chantagem.
6. Pergunte o que você quer. Vamos ser claros nisso: Dicas sutis não funcionam! Dicas claras não funcionam! Dicas óbvias não funcionam! Apenas diga logo o que você quer.
7. Sim e Não são respostas perfeitas para praticamente todas as questões existentes.
8. Venha falar conosco a respeito de um problema somente se você quiser ajuda para resolvê-lo. Isso é o que a gente faz. Simpatia é trabalho das suas amigas
9. Uma dor de cabeça que dura 17 meses é um problema. Procure um médico.
10. Qualquer coisa que dissemos 6 meses atrás é inadmissível em um argumento. Na verdade, todos comentários tornam-se nulos e vetados após 7 dias.
11. Se você pensa que está gorda, provavelmente você esteja. Não pergunte para nós.
12. Se algo que nós dissemos pode ser interpretado de duas formas, e uma delas faz você ficar irritada e triste, nós queríamos usar a outra forma.
13. Sempre que possível, fale tudo o que você tem a falar durante os comerciais.
14. Cristóvão Colombo não precisou parar para pedir informações, e nem nós.
15. TODOS homens enxergam em apenas 16 cores, assim como as definições básicas do Windows. Pêssego, por exemplo, é uma fruta, não uma cor. Salmão é um peixe. Não fazemos idéia do que é âmbar.
16. Se algo coça, será coçado. Nós fazemos isso.
17. Se perguntarmos a você se há algo de errado e você responde ‘nada‘, nós agiremos como se nada tivesse errado. Nós sabemos que você está mentindo, mas não vale a pena a discussão.
18. Se você fizer uma pergunta para a qual você não quer uma resposta, espere uma resposta que você não queria ouvir.
19. Quando precisamos sair, absolutamente tudo que você usar está bom. Sério.
20. Não pergunte o que estamos pensando, a não ser que você esteja preparada para discutir sobre Sexo, Esportes ou Carros.
21. Você possui roupas suficientes.
22. Você possui sapatos de mais.
23. Eu estou em forma. Redondo é uma forma.
24. Obrigado por ler isso; Sim, eu sei, eu terei que ir dormir na sala hoje, mas saiba você que os homens não se importam com isso, é como acampar."

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Graças a zeus!!!

Bendita diferença!
Carlos Kurare

“Homens e mulheres não são iguais” by Pathfinder



Uma conversa rápida com o polêmico filósofo sobre mulheres, homens, filhos e envelhecimento

O filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé costuma despertar reações extremadas, sobretudo entre mulheres, em função dos pontos de vista considerados por muitos como conservadores e, eventualmente, pessimistas. Recifense, de origem judaica, atualmente é professor de Ciências da Religião na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e de Filosofia, na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Num bate-papo rápido, ele falou ao iG o que pensa sobre mulheres, homens, machismo, envelhecimento, filhos e conquistas. Confira a seguir.

O que falta às mulheres? 

Pondé: As mulheres devem sempre buscar igualdade diante de um tribunal da lei e de salários. Mas homens e mulheres não são iguais. O tema da igualdade fora desse contexto jurídico e trabalhista, é um enorme erro e coisa de mulher infeliz, que só conhece homens ruins. Pena que as mulheres mais felizes não têm tempo para escrever sobre a relação delas com os homens.

Machismo é…

Pondé: Só entendo o machismo no que se refere a homens que espancam mulheres.

O que é fundamental ensinar para os nossos filhos homens?

Pondé: Que eles não precisam ser mulheres para serem do bem e que não precisam ter medo das mulheres só porque começam a percebem que gostam delas e por isso, como todo mundo, homem ou mulher, temem aquilo que mais desejam.

 E para nossas filhas?

Pondé: É claro que devemos ensinar as meninas a buscarem independência econômica e financeira, mas também precisamos dizer a elas que mulheres que gostam de homens são uma benção para os homens. É essencial ensinar a meninos e meninas que homens e mulheres são “feitos” um para o outro e que não devemos pensar em “nós” e “elas” ou “nós” e “eles”, mas sim lembrar da delicia que é quando estamos juntos nos desejando mutuamente, mesmo que de forma apenas platônica. Para mim, o mundo profissional melhorou muito depois que as mulheres entraram nele, essa, aliás, é minha principal razão de defender a emancipação feminina: egoísmo sexual. Uma reunião de business sem mulheres é um deserto.

 O que dizer para uma mulher que acabou de casar?

Pondé: Boa sorte e cuidado. Não esqueça que a partir de agora tem um ser diferente de você vivendo com você e não adianta querer que ele seja como você porque ele jamais será. Sim, não seja pudica e goste de sexo.

O que define uma bela mulher?

Pondé: Isso é como pedir a definição de Deus. Uma bela mulher consome a realidade à sua volta com suas pernas, seus seios, cabelos e gestos (a brecha por onde aparece a alma invisível). Respira-se melhor quando há uma bela mulher por perto!

Quem está envelhecendo bem?

Pondé: A rigor, ninguém, o envelhecimento não é para covardes. E quanto mais as pessoas querem ser jovens quando não mais o são, pior fica. Jogue fora cremes de pele, maquiagem, viagra. Para envelhecer bem você precisa aprender a detestar baladas e não bancar o ridículo (ou a ridícula) mandando para o mundo mensagens relacionadas com hábitos que há muito você não tem mais.
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Fonte: Redação iG São Paulo | 30/03/2012

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mulheres de... Apenas!

Mulheres de... Apenas! 


 

Eu digo há décadas: este mundo, um dia será feminino! E eu que sou menino, não tenho medo disso não, até torço para isso. Mulheres são criaturas que foram criadas para equilibrar um mundo de caos.

O peso da maternidade foi dado a mulher, pois os homens, em sua maioria, não suportariam carregá-lo por tanto tempo.

Carlos Kurare

 Sampa - 28/11/2011 01:16

Terra Fria é inspirado na história de Lois Jensen, operária de uma mina de carvão que processou a empresa em que trabalhava por causa do assédio e maus-tratos dos homens que lá trabalhavam. O resultado foi a primeira grande vitória de uma ação coletiva por assédio sexual nos Estados Unidos - um momento histórico para os Direitos da Mulher."

Fonte: http://www.sobrecarga.com.br/node/view/9347



Mulheres de Atenas-Chico Buarque


 

"Mulheres - Silêncio nas minas

marianagleme.blogspot.com/2008/06/mulheres.html



Separando o carvão, serrando madeira, empurrando vagões, as mulheres contribuíram para a expansão da indústria carbonífera, mas foram esquecidas pela História
Carlos Renato Carola

De tão exaustivo e insalubre, o trabalho nas minas ficou conhecido na Europa do século XIX como “trabalho nas trevas”. A metáfora servia como denúncia da exploração selvagem imposta a homens, mulheres e crianças, principalmente nas minas de carvão. Tal denúncia reforçava a idéia de que o ambiente de trabalho nas minas só podia ser suportado pelos homens, o que contribuiu para que muitos países da Europa e da América proibissem a presença de mulheres na atividade de mineração na primeira metade do século XX.

Mas em Santa Catarina, no sul do Brasil, a força feminina continuava a girar a poderosa máquina da indústria carbonífera em silêncio. A história tratou de apagar de suas páginas essa participação fundamental. As mulheres se tornaram invisíveis na atividade mineradora à medida que o processo de masculinização do trabalho nas minas se consolidou.

Até a década de 1970, a paisagem social da região carbonífera no sul do país era formada por um conjunto de edificações singulares: a vila operária, as minas de carvão, a ferrovia, as florestas de eucalipto e os depósitos de rejeitos. Qualquer forasteiro que desembarcasse na região nessa época e tivesse tido a oportunidade, ou a infelicidade, de conhecer uma mina de carvão, veria de longe uma massa pesada de ar poluído saindo de um conjunto de edificações formado por gigantescas vigas de madeira escuras; veria uma torre em cujo interior havia uma “gaiola” (o elevador da mina) por onde o carvão era içado dentro de vagonetes, e também por onde desciam e subiam diariamente os trabalhadores mineiros, como se fosse um “poço devorador que engolia uma ração diária de homens”, diria o escritor francês Émile Zola (1840-1902).

No interior da mina, dezenas de mineiros se ocupavam com suas pás e picaretas, procurando extrair a maior quantidade possível de carvão mineral, formando uma espécie de formigueiro humano. Na superfície, o espetáculo do trabalho era dominado por mulheres e crianças.
O trabalho de escolha do carvão era realizado em um espaço coberto, numa espécie de “rancho” de estilo rural em que mulheres e crianças se posicionavam em torno de uma mesa de madeira onde era feita a seleção do minério. A função primordial das mulheres era preparar as madeiras para o escoramento das galerias subterrâneas e selecionar carvão bruto extraído pelos operários do subsolo. Portando uma “picaretinha” de mão, elas – as “escolhedeiras” – desagregavam o mineral bruto, separando o carvão de outros materiais agregados. Nesse tipo de serviço, o trabalho infantil era tão comum que as próprias companhias construíam padiolas para a seleção do carvão de tamanho menor para as crianças. As trabalhadoras também eram obrigadas a executar outros tipos de serviço, entre os quais empurrar vagonetes carregados de carvão bruto, encher carroças ou caminhões de minério e, ainda, descer até o subsolo para desempenhar algum tipo de serviço quando necessário.


A mão-de-obra feminina passou a ser usada de forma mais intensa a partir dos anos 1930. Na década seguinte, Santa Catarina tornou-se o principal produtor de carvão do país e a cidade de Criciúma passou a ostentar orgulhosamente o título de capital brasileira do carvão.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo federal requisitou para a União toda a produção de carvão nacional e instituiu como medida de emergência a venda obrigatória de todo o carvão extraído em solo pátrio. Além disso, os trabalhadores ficaram obrigados a atender à convocação das autoridades e dos proprietários das companhias carboníferas, e se eles se recusassem, poderiam ser presos por insubordinação ou “impatriotismo”. Essa conjuntura estimulou a abertura de cerca de 120 empresas de mineração, entre pequenas empreiteiras e grandes companhias carboníferas. Na segunda metade da década de 1940, o governo federal iniciou na região a construção do complexo carbonífero da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), formado por minas de carvão, lavador (usina de beneficiamento), usina termelétrica, vilas operárias e centros recreativos.

Como a maioria das companhias carboníferas não dispunha de grandes capitais e a contingência da guerra motivou o aumento da produção nacional, a seleção manual do carvão foi a opção mais rápida e barata. Almejando cumprir as metas de produtividade impostas pelo mercado, os proprietários investiram no aumento da mão-de-obra. Para a separação do carvão, contrataram mulheres e crianças por um custo salarial inferior ao dos homens, justificando essa diferença pela noção de trabalho “leve” e “simples”, condizente com a suposta fragilidade físico-mental dos contratados. Além disso, prevalecia o argumento de que essa atividade possibilitava um ganho adicional para a família mineira. Constituiu-se formalmente uma divisão sexual do trabalho no espaço das minas, cabendo aos homens extrair o carvão do subsolo e às mulheres, os trabalhos na superfície. Mas, no cotidiano, os papéis e as fronteiras eram transgredidos, sendo que as tarefas das mulheres eram comumente aceitas como algo inferior e complementar às dos homens.

Entre os dispositivos de controle disciplinar, os proprietários aplicavam multas, advertências e demissões aos que não trabalhavam “direitinho”. No caso das trabalhadoras, o desacato à fiscal da escolha ou ao capataz era motivo de advertência, suspensão ou demissão; brincadeiras ou brigas entre companheiras de trabalho – situação comum no dia-a-dia – também incorriam no risco de alguma penalidade. A “escolhedeira” que não trabalhasse dentro das normas e expectativas de produção era punida com suspensão ou demissão e ainda ganhava o adjetivo de trabalhadora “inconveniente”. O estigma podia acarretar graves conseqüências e comprometer seriamente as condições de vida da família mineira, uma vez que os proprietários das principais companhias carboníferas também eram donos das moradias operárias, do armazém, dos clubes recreativos. Além disso, também disponibilizavam recursos para a Igreja, para a construção de escolas e a manutenção de hospitais.


O caso de Ana Maria, que trabalhou como “escolhedeira” de dezembro de 1948 a fevereiro de 1952 na Mineração Geral do Brasil, no município de Urussanga, ilustra os mecanismos de controle da empresa. Sua ficha funcional revela que foi suspensa duas vezes: uma suspensão de três dias em outubro de 1949, por ter desacatado sua colega de trabalho, que provavelmente era a fiscal de escolha, e outra suspensão de três dias em março de 1950, por desobediência ao capataz da mina. Na mina Barão do Rio Branco, Maria F. foi suspensa várias vezes: dois dias em janeiro de 1951, por não obedecer às ordens do capataz ou da fiscal de escolha, e por estar “de brincadeira” no horário de serviço; três dias em outubro do mesmo ano, dois dias em agosto de 1952 e mais dois dias em dezembro de 1955 por “desobedecer às ordens da administração”.

Mesmo diante do risco que as transgressões representavam, as mulheres, assim como os homens, praticavam cotidianamente atos de indisciplina e estratégias para fugir ou burlar os dispositivos de controle das companhias mineradoras. Era comum, por exemplo, solicitarem atestado médico para justificar ausência do trabalho em função de doenças, assim como era uma prática comum faltar ao trabalho sem apresentar uma justificativa formal, ausência que muitas vezes ocorria por causa de afazeres domésticos ou obrigações conjugais. Brigas e brincadeiras durante o trabalho eram proibidas, mas no dia-a-dia da mina isso era praticamente burlado. Algumas trabalhadoras até ousaram confrontar o poder dos coronéis do carvão, acionando a justiça do trabalho com o objetivo de conquistar direitos trabalhistas.

Durante trinta anos – de 1930 a 1960 –, a indústria carbonífera catarinense não hesitou em explorar o trabalho de mulheres e crianças. Porém, na história local e na memória oficial cristalizada em monumentos, nomes de ruas e praças, as trabalhadoras não foram lembradas nem reconhecidas como sujeitos históricos e nem como personagens da expansão industrial. Nos lugares onde se constrói a memória oficial homenageiam-se, preferencialmente, as figuras históricas dos grandes empreendedores da indústria do carvão e as autoridades governamentais reconhecidas pelas elites locais como benfeitoras do progresso, transformados em símbolos que exaltam a ideologia do trabalho. No meio artístico de base popular, a atenção se concentrou na representação do trabalhador mineiro como um “soldado heróico”. O mineiro é identificado como o sujeito anônimo que trabalhava nos “subterrâneos das trevas” para sustentar sua família e representado como um herói que produzia a riqueza mineral, que resultou no progresso da região carbonífera. Prevaleceu o pressuposto ideológico de que somente os homens fizeram parte da história da mineração na região carbonífera.

Em Santa Catarina, principalmente a partir da década de 1950, ocorreu um processo inverso daquele descrito e analisado por Karl Marx (1818-1883) na Europa do século XIX, onde se observa que uma das conseqüências imediatas da mecanização da produção foi a incorporação de “trabalhadores sem força muscular ou com desenvolvimento físico incompleto”. Assim, “a primeira preocupação do capitalista ao empregar a maquinaria foi a de utilizar o trabalho das mulheres e das crianças”. No Brasil, o processo de mecanização promoveu a valorização do trabalho dos homens (masculinização das minas), e a primeira providência tomada pelos donos das mineradoras foi eliminar o trabalho manual de seleção e classificação do carvão, feito por mulheres e crianças. Dispensaram a mão-de-obra feminina justificando as demissões pelas simples expressões “extinção da escolha” ou “extinção de serviço”. Na História, o processo foi ainda mais cruel, e impôs a essas trabalhadoras o silêncio e o esquecimento.

Carlos Renato Carola é professor de História na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Criciúma-SC, e doutor em História pela USP. Autor do livro Dos subterrâneos da história: as trabalhadoras das minas de carvão de Santa Catarina (1937-1964). Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.

Revista Nossa Historia

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