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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Se - Rudyard Kipling - by Carlos Kurare



Se - Rudyard Kipling - by Carlos Kurare
Clique no play espere um segundo e volte a clicar para ouvir o poema


Se - Rudyard Kipling


Tentei e tento seguir estas palavras como um aborígine tenta se guiar por um GPS.
Bem... Esforço-me e tento ser um bom homem.
Se você tem filhos, por favor, leia este poema para eles.


Carlos Kurare




SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!


Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida

domingo, 10 de abril de 2011

VerDE novo!




Bem... quero dizer que este poema da minha filha,
é um presente sem preço, mas, com muito apreço,
presente que nunca ganhei, e que nem me foi dado,
mas sei que tem muito do meu suor incrustado,
em cada palavra e tem meu tempo e minhas arestas,
bem como, tem meu amor polvilhado em suas frestas.
Gostaria de dizer não! Mas, com certeza... o mereço!

-O porto que agora bebo, para comemorar este momento, desce-me suave na garganta. 
Ler o poema de minha filha desce-me delicadamente alma adentro.
- Espero que você goste de ouvi-lo como eu gosto de senti-lo!

Filha...você me dá um orgulho danado!

Carlos Kurare




No Frio da Saudade - Escrito por Lívia aos 15 anos - voz Carlos Kurare


Esta publicação foi originalmente postada em quarta-feira, 7 de abril de 2010

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quem vem acender faróis na costa do mar bravo?!

Está postagem foi publicada originalmente em 17/02/10 e como a maioria dos textos que publico na internet não sofreu revisão devido a pressa, afinal... posto todos os dias! Escrever a postagem para o blog, não é um processo complexo para mim, mas exige muito tempo de dedicação em pesquisas para achar as fotos e as músicas que quero. Além de ter que usar um software limitado para a montagem dos textos e fotos.
Em suma: É simples... mas não é fácil!


Às vezes me pergunto isso, quem vai me telefonar nesta madrugada quente, onde meus pensamentos desintegram-se como a comida congelada que mal comi (na verdade comi e comi-a mal), afinal que “mau” comi? O telefone não toca, mas isso não é tão assustador quanto ao fato de eu não ter para quem tocar isso sim é amedrontador: não ter para quem ligar de madrugada é o mesmo que estar perdido no roteiro como em Lost. Nessas horas que é bom ter-se um amigo como o house, pois podemos ligar e não ligar de ferrar com o sono dele.
Você já se perguntou? Por que não toco pessoas? Por que elas não me tocam? Por que tocamos em frente, sem nos tocar que, sentar num toco e refletir, por uma música pra tocar, possa tocar nossa alma que, precisamos tocar em frente.
Tocar pessoas, tocar o ser amado, ou se tocar que, se não temos um ser amado, é por que não estamos tocando a música certa, não estamos no ritmo.
Podemos ir de férias a Disneylândia e dar boas risadas, trazer boas recordações, mas o legal pra mim é ter uma companhia que me faça rir, chorar, cantar, amar, “sexuar”, e me toque com dedos de borboleta, todos os dias do ano. A diney que se dane! Quero é ouvir sininhos, sem pegar fila, quero é patetear e plutear, sem avarentismos Patinhescos.
Cadê o lampadinha, acende o farol!!! Puxa não leio um quadrinho desses há décadas! Bem, leio os meus, afinal, minha vida é quadradinha. Preciso me purificar... Quero ir pro mar, sentar na quente areia da praia e contar historinhas de fazer sorrir, chorar, e gargalhar. Mas não quero ir sozinho! Topas?
Carlos kurare

Poema na voz de Carlos Kurare


Poema Noite de Manuel da Fonseca na voz de Carlos Kurare


Noite

Milhões de barcos perdidos no mar!
Perdidos na noite!
As velas rasgadas de todos os ventos
os lemes sem tino
vogando ao acaso
roçando no fundo
subindo na vaga
tocando nas rochas!
E quantos e quantos naufragando...
Quem vem acender faróis na costa do mar bravo?!
Quem?!
Manuel da Fonseca, Rosa-dos-Ventos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Há um ano que não vejo o mar... saudades...



Basta-me um sopro de mar... 
para eu me navegar!

Carlos Kurare

Canção Poesia de Cecília Meireles - voice by carlos kurare


O mar - Dorival Caymmi


Cancao do Mar - Dulce Pontes

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cheguei hoje de viagem, espero retomar o ritmo do Blog.




Cheguei hoje de viagem, espero retomar o ritmo do Blog.
A última vez que estive em Brasília foi em 1995. O clima de Brasília é ótimo. É quente e tem muita aragem.
Conheci boas pessoas em Brasília.
Lugares só têm valores se tiverem gente de valor!
Na minha viagem de avião, descobri que há boas aeromoças e aeromoças boas. Pude constatar que os idiotas de celulares que vemos nos cinemas, nos restaurantes, nos teatros, nos shows e etc., também freqüentam aeronaves. Fiz anotações para uma crônica (futura) a este respeito: Os parvos também amam, e gritam isso ao mundo por meio de seus celulares.
Na viagem de volta, tive a grata felicidade de ficar sobre uma das turbinas do teco-teco, lembrei-me que levara meus tampões de ouvido (protetores auriculares) e os coloquei.
Só retirei meus protetores ao chegar em casa. Foi uma sensação muito louca. Descobri que Sampa fica mais agradável ao subtraímos substancialmente seus ruídos.

Vi uma cena cativante hoje no meu regresso, um casal acima dos setenta, andavam de mãos dadas devagar, pois esse é ritmo do passo da idade madura, os segui lentamente por uns cinco minutos. E as mãos sempre estiveram unidas um dava firmeza ao outro. Muito terno, muito bonito de se ver.
Essa cena me tocou.
Carlos Kurare


O Valioso Tempo dos Maduros

Mário de Andrade

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e
sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...
Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!



Sitcom.br - Medo de Avião



Medo de avião - Belchior


Comentários a respeito de John - Belchior



Belchior À palo seco



Encontros e despedidas (Maria Rita), Samba do avião e Aeromoça (Dick Farney)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Voz

Foto tirada em Marujá - Ilha do Cardoso não lembro a data.

Desculpem-me as qualidades precárias das gravações, mas não disponho de recursos técnicos e de acústica apropriada no momento. Era isso ou nada... como prefiro a censura à omissão...

Também não conhecia os programas necessários para montar o vídeo. É um trabalho caseiro. Com as limitações óbvias.

Espero que goste, eu não gostei. Sei que posso fazer melhor e um dia o farei! Ou não me chamo Filósmono da silva!

Carlos Kurare


Canção Poesia de Cecília Meireles - voice by carlos kurare


Colar de Carolina - Cecília Meireles - Carlos Kurare


Cecília Meireles - O Cavalo Morto - By Carlos Kurare


No Frio da Saudade - Lívia - Voz Carlos Kurare


O valioso tempo dos maduros - Mario de Andrade - By Carlos Kurare


A Tempestade - na voz de Carlos Kurare - texto adaptado por Carlos Kurare


Imagens belas na voz de carlos kurare -


Poema Noite de Manoel da Fonseca na voz de Carlos Kurare

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Colar de Carolina - Cecília Meireles


Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.

Cecília Meireles

Peguei o poema aqui

Colar de Carolina - Cecília Meireles - kurare

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cecília Meireles - O cavalo Morto








"Aprendi com a primavera a me deixar cortar.E a voltar sempre inteira." C. Meireles













Cecília... Conheço-a há mais de três décadas!
Obrigado por ser perene!
Dou-lhe minha palavra: sempre serei grato por deixar palavras!

Carlos Kurare






O cavalo morto

Vi a névoa da madrugada
deslizar seus gestos de prata,
mover densidades de opala
naquele pórtico de sono.

Na fronteira havia um cavalo morto.

Grãos de cristal rolavam pelo
seu flanco nítido; e algum vento
torcia-lhes as crinas, pequeno,
leve arabesco, triste adorno,

- e movia a cauda ao cavalo morto.

As estrelas ainda viviam
e ainda não eram nascidas
ah ! as flores daquele dia ...
- mas era um canteiro o seu corpo:

um jardim de lírios, o cavalo morto.

Muitos viajantes contemplaram
a fluida música, a orvalhada
das grandes moscas de esmeralda
chegando em rumoroso jorro.

Adernava triste, o cavalo morto.

E viam-se uns cavalos vivos,
altos como esbeltos navios,
galopando nos ares finos,
com felizes perfis de sonho.

Branco e verde via-se o cavalo morto,

no campo enorme e sem recurso,
- e devagar girava o mundo
entre as suas pestanas, turvo
como em luas de espelho roxo.

Dava sol nos dentes do cavalo morto.

Mas todos tinham muita pressa,
e não sentiram como a terra
procurava, de légua em légua,
o ágil, o imenso, o etéreo sopro
que faltava àquele arcabouço.

Tão pesado, o peito do cavalo morto !

Cecília Meireles - O Cavalo Morto



Veja mais sobre Cecília aqui: cecilia meireles 


Canteiros - Homenagem a Cecília Meireles - Fagner


quarta-feira, 7 de abril de 2010

No Frio da Saudade - Lívia




Bem... quero dizer que este poema da minha filha,
é um presente sem preço, mas, com muito apreço,
presente que nunca ganhei, e que nem me foi dado,
mas sei que tem muito do meu suor incrustado,
em cada palavra e tem meu tempo e minhas arestas,
bem como, tem meu amor polvilhado em suas frestas.
Gostaria de dizer não! Mas, com certeza, o mereço!


-O porto que agora bebo para comemorar este momento desce-me suave à garganta. Ler o poema de minha filha desce-me delicadamente alma adentro.
- Espero que você goste de ouvi-lo como eu gosto de senti-lo!


Filha...você me dá um orgulho danado!


Carlos Kurare




No Frio da Saudade - Lívia - voz Carlos Kurare

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quem vem acender faróis na costa do mar bravo?!


Às vezes me pergunto isso, quem vai me telefonar nesta madrugada quente, onde meus pensamentos desintegram-se como a comida congelada que mal comi (na verdade comi e comi-a mal), afinal que “mau” comi? O telefone não toca, mas isso não é tão assustador quanto ao fato de eu não ter para quem tocar isso sim é amedrontador: não ter para quem ligar de madrugada é o mesmo que estar perdido no roteiro como em Lost. Nessas horas que é bom ter-se um amigo como o house, pois podemos ligar e não ligar de ferrar com o sono dele.
Você já se perguntou? Por que não toco pessoas? Por que elas não me tocam? Por que tocamos em frente, sem nos tocar que, sentar num toco e refletir, por uma música pra tocar, possa tocar nossa alma que, precisamos tocar em frente.
Tocar pessoas, tocar o ser amado, ou se tocar que, se não temos um ser amado, é por que não estamos tocando a música certa, não estamos no ritmo.
Podemos ir de férias a Disneylândia e dar boas risadas, trazer boas recordações, mas o legal pra mim é ter uma companhia que me faça rir, chorar, cantar, amar, “sexuar”, e me toque com dedos de borboleta, todos os dias do ano. A diney que se dane! Quero é ouvir sininhos, sem pegar fila, quero é patetear e plutear, sem avarentismos Patinhescos.
Cadê o lampadinha, acende o farol!!! Puxa não leio um quadrinho desses há décadas! Bem, leio os meus, afinal, minha vida é quadradinha. Preciso me purificar... Quero ir pro mar, sentar na quente areia da praia e contar historinhas de fazer sorrir, chorar, e gargalhar. Mas não quero ir sozinho! Topas?
Carlos kurare

 Poema na voz de Carlos Kurare

Noite

Milhões de barcos perdidos no mar!
Perdidos na noite!
As velas rasgadas de todos os ventos
os lemes sem tino
vogando ao acaso
roçando no fundo
subindo na vaga
tocando nas rochas!
E quantos e quantos naufragando...
Quem vem acender faróis na costa do mar bravo?!
Quem?!
Manuel da Fonseca, Rosa-dos-Ventos

O Amor... nem sempre é perfeito.

🌕 A lua veio ontem à noite fazer-me uma visita, e perguntou-me: - Por que estás só, meu amigo poeta? - não sei querida...nao se...