O monstro da Lagoa Negra não encontra mulheres de profundidade abissal, pois vivem em "hábitat" equidistantes, diferentes e indiferentes.
Vejo que muitas mulheres e homens buscam avidamente por migalhas afetivas, pequenas partículas de sentimento, ou atenção, bastam para suavizar a solidão de almas escravizadas pela rotina, pela busca de auto-afirmação. São almas que peregrinam pelo cascalho do continuísmo com pés descalçados.
Muitos são os que querem atenção! Você deseja avidamente atenção, eu desejo... Mas... a pergunta que não quer calar é: quanto de atenção você dispensa. Reclamar é fácil, eu sei! Sou um reclamão congênito. Eu ando a procura de me reciclar, e você faz isso? Se não faz! Se apenas observa os fatos a sua volta, resmunga, e não procura alterá-los. Acredite-me: a solidão será sua companheira inseparável, ao longo, da longa jornada curta da sua vida, portanto curta a vida seja mais leve e tire a armadura. Talvez você se fira mais, flechas cúpidicas talvez atravessem sua pele e resvalem em seu coração. Mas nada como o prazer de cavalgar como Lady Godiva. Sentir o vento a beijar seus lábios. Sentir o frescor do vento morno a fazer cafunés em suas melenas.
Sabe?! Se você anda de armadura só encontrara contendas pela frente. Além...de muita assadura!
Sabe?! Se você anda de armadura só encontrara contendas pela frente. Além...de muita assadura!
O Sergio falou com muita propriedade quando disse: “acho que a maioria ainda não está pronta para conciliar amor, trabalho, faculdade… Por perderem a confiança no homem resolveram valorizar o lado profissional… mas to vendo muitas arrependidas, e não sabendo como lidar com isso!”
É cada dia mais comum isso. Eu uma vez namorei (por alguns décimos de segundo) uma mulher que conversava comigo, e simultaneamente despachava seus e-mails profissionais. Ela, uma bem sucedida executiva (ou mal, afinal o sucesso é algo relativo, e muitas vezes solitário).Mesmo após orientá-la sobre a grosseria do gesto. Ela o repetiu uma terceira vez, Como tenho por filosofia sempre dar uma segunda chance mas NUNCA uma terceira...
Bem é isso, você quer resultados diferentes, quer achar homens e mulheres sensíveis e atraentes, fuja do lugar comum, fuja do batente. Seja antes de tudo...Gente!
Pois gente é o que falta neste mundo carente. Eu por minha vez vou tocando em frente... Temente... não a Deus...mas ao adeus do crente.
(Crente: 3. Irôn. Que leva demasiado a sério as suas obrigações, as coisas em que se mete, e por elas tem entusiasmo, nelas acredita. Dic. Aurélio)
Sampa - 30/5/2010 07:39
Carlos Kurare
O texto acima foi um breve (risos) comentário ao texto abaixo:
Romance casual.
Jackeline Aguiar
"Quando pequenos, ignoramos o fato de que as pessoas são diferentes e procuramos por semelhanças, estamos sempre às voltas com crianças que se parecem conosco, nem que seja no gosto pra geléia com pão na hora do recreio. Na adolescência é igual, porém quando adultos, a coisa fica um pouco complicada, não dá mais para escolher as pessoas que entrarão em nossas vidas, elas simplesmente acontecem, mesmo que à primeita vista, as diferenças sejam gritantes.
E foi assim, na faculdade, que a Aline aconteceu na minha vida. Presbiteriana, nunca tinha beijado e vai se casar virgem. Eu achava tudo isso uma bobagem, mas era linda a forma como ela tinha fé e usava calça Skinny e saia bandage. Pronto, achei minha semelhança, ficamos amigas e ainda somos. Ela sempre ria com os causos que eu contava sobre minha solterice e dizia:
- Ai Jacke, conta mais. Eu preciso saber tudo. Como é?
E eu contava, e ríamos até perder o folêgo.
Então, não mais que de repente, a Aline conheceu alguém e foi à vez dela me contar, aliás, não só a mim, mas a meia dúzia de mulheres que ouviam atentas uma história real sobre um homem quase em extinção.
Durante semanas ele deixou depoimentos na página pessoal dela, contando um pouco sobre sua vida, seus gostos, sua história. A banda preferida, o prato preferido, o filme preferido. Depois estrategicamente ele sumiu, e reapareceu com torpedos de boa noite. No primeiro encontro ele abriu a porta do carro, ela riu, ficou sem jeito, não sabia o que fazer. Pudera, hoje em dia é tão raro encontrar um homem que abra a porta do carro. Após um mês de encontros, eles ainda não haviam se beijado. Ficaram próximos, riam juntos, tinham afinidades e a quimica era fortíssima, mas nada de beijo. A Aline me contava que estava a ponto de agarrar o moço e desconsertada me pedia dicas de como pedir um beijo, sem pedir.
- Como se faz? – Ela dizia. E eu, dava as dicas:
- Fala pertinho, olhando nos olhos, beija no canto de boca, abraça forte.
Mas no outro dia nada. Ela não tinha coragem de dar o primeiro passo e ficava confusa com os sinais emitidos por ele. Chegava a sonhar, imaginava o gosto que teria. Eis que um belo dia, enquanto andavam e conversavam sobre música, ele lhe deu um beijo de tirar o folêgo, os pensamenos e a alma. Pronto. Xeque-mate.
É nessas horas que nós, mulheres que não imaginamos um primeiro encontro sem beijo ou muitos encontros sem sexo, começamos a refletir sobre o andar da carroagem. Hoje as coisas acontecem tão mecanicamente, que certas atitudes parecem distantes, impossíveis e amadoras. O beijo é rápido e logo passa a masturbação mútua, que rapidinho vira estimulação oral e bem, caso não saibam, vocês já estão fazendo sexo. Depois vem o dia seguinte e a ligação que fingimos não esperar, mas que já nos acostumamos a não receber. E logo partimos para outra. Até mesmo quando as coisas dão certo, passamos meses sem saber se estamos ou não em um relacionamento. Tentamos decifrar sinais, sofremos por antecipação. Consumimos conteúdo sobre como entender a mente masculina, como esperar pacientemente e não encher as bolas do cara para que ele sinta saudades e resolva ficar por livre e espontânea vontade, e geralmente por causa deste hábito, aceitamos tudo o que vier, na esperança de que amanhã, caso vire um relacionamento, tudo melhore. Dane-se a não ligação, o não compromisso, a amizade que permaneceria intacta no matter what. Dane-se, afinal, se eu disser que me importo, ele saberá, todos saberão e o rótulo de carente virá à galope.
Sim, somos solteiras e não queremos compromisso (será?), o que não significa que desistimos dos nossos sentidos, do frio na espinha, de um desejo incontrolável ou ainda, do romance. Sim, é possível ser solteira e ainda sim ser cortejada, desejada e minunciosamente conquistada. A pergunta é, será que eu preciso mudar de religião para ter um pouco de romance? será que o sexo hoje é tão banalizado que estragou qualquer perpespectiva de um romance? Ou melhor, até quando eu tenho que fingir que não me importo e que qualquer coisa serve?
Porque sinceramente, não serve não."
Jackeline Aguiar
Creature from the Black Lagoon (Gill-man)
Curiosidade do dia: Ensinei meu pai (83 anos), há cerca de dez meses, a navegar na internet. Hoje, graças a uma pesquisa que fez na net, ganhou uma camisa de brinde! Está muito feliz!
É o que sempre digo: bendito seja o fruto do conhecimento! A informação e a educação é o caminho!
É o que sempre digo: bendito seja o fruto do conhecimento! A informação e a educação é o caminho!
Carlos Kurare
Ps.: Esse maiô branco é muito sexy!
Ps.: Esse maiô branco é muito sexy!